Justiça do Rio afasta deputada por suspeita de conluio com milícia de Zinho

O TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) determinou o afastamento do cargo da deputada estadual Lúcia Helena de Amaral Pinto, conhecida como Lucinha (PSD), por suposto conluio com a milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.

O que aconteceu

A Justiça do Rio também proibiu a deputada de frequentar a Alerj. Além de ter sido afastada do cargo, ela também não vai poder manter contatos com agentes públicos e políticos.

Duas pistolas e R$ 140 mil em dinheiro vivo foram encontrados na casa de Lucinha. Essas são informações preliminares da PF, que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa da deputada em Campo Grande, no Rio de Janeiro. A corporação ainda contabiliza os itens apreendidos para fazer um balanço final.

Mandados de busca e apreensão também foram realizados no gabinete da deputada na Alerj.

Segundo o MP, Lucinha usava sua influência e o cargo para atender aos interesses da milícia de Zinho. O miliciano é conhecido como um dos mais poderosos do Rio de Janeiro atualmente. Segundo a PF, a parlamentar é chamada de "madrinha" pelos criminosos.

Uma assessora da deputada, cujo nome não foi revelado, é suspeita de auxiliar os criminosos, segundo a corporação.

A Alerj informou ao UOL que ainda não recebeu o comunicado do TJRJ. "Assim que for informada, oficialmente, a Casa tomará as providências cabíveis com base na decisão judicial".

Operações contra milícia no Rio

A operação de hoje é continuação de uma série de operações contra milicianos da zona oeste da capital fluminense. O local é apontado como a principal área de atuação da organização criminosa liderada pelo Zinho e investigada pela PF desde agosto de 2022. A operação foi intitulada "Batismo e é desdobramento da operação "Dinastia".

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Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, é considerado um dos criminosos mais poderosos e violentos do Rio. Ele é foragido da polícia e seu grupo é investigado por formação de organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção.

O UOL não conseguiu entrar em contato com a deputada Lucinha. O espaço segue aberto para manifestação.

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