Um ano após 8/1, União reserva R$ 8 milhões para blindar vidros do Planalto
O Governo Federal reservou R$ 8 milhões para blindar vidros do Palácio do Planalto, atacado por bolsonaristas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
O que aconteceu
A blindagem será aplicada aos vidros do piso térreo do Palácio. Após os ataques de 8 de janeiro, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) — órgão responsável pela segurança do prédio — avaliou que "cada vidro foi uma porta" durante os atos e sugeriu a blindagem.
A expectativa é que a medida saia do papel nos próximos meses. Integrantes do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) entrevistados pela CNN afirmaram que não deve haver objeções à mudança, já que o gabinete presidencial é blindado desde 2010.
A mudança é vista como um reforço "simples", mas prático. Inicialmente, havia uma preocupação com o impacto do peso dos vidros blindados na estrutura e aparência do prédio.
Blindagem exige avaliação detalhada
Peso de vidros blindados impacta estrutura do Planalto como um todo. Como o palácio tem dois subsolos, é preciso verificar de que forma as peças podem ser instaladas. Isso serve para avaliar se será necessário, por exemplo, instalar novas vigas ou pilastras.
O Palácio do Planalto é tombado, assim como todo projeto original de Brasília. Por isso, é necessário também avaliar se a blindagem vai alterar, por exemplo, a coloração dos vidros. O Iphan ainda não havia sido consultado em relação a esses aspectos até setembro.
Durante os ataques, os vidros do térreo foram destruídos por vândalos. O mesmo aconteceu com vidraças do salão nobre, no segundo andar do prédio.
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