Conteúdo publicado há 10 meses

Dino elogia escolha de Lewandowski: 'Tenho estima e admiração'

O ministro Flávio Dino elogiou a escolha do ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski como novo chefe da Justiça e Segurança Pública.

O que aconteceu

Dino se disse "feliz" em ser sucedido por Lewandowski. "Um professor pelo qual tenho estima e admiração. Desejo sorte e sucesso", escreveu no X (antigo Twitter).

O ministro disse que serão 20 dias de transição e garantiu que sua equipe ajudará "ao máximo" os sucessores. "No dia 1º de fevereiro retorno ao Senado, onde permanecerei até o dia 21 de fevereiro. Neste dia renunciarei para assumir o STF no dia 22", explicou.

Lula anunciou hoje o ex-ministro do STF como ministro da Justiça e da Segurança Pública. Lewandowski substituirá Flávio Dino, que vai para o Supremo.

Nome de confiança

Lewandowski tem a confiança de Lula e o respeito entre pares e ex-colegas do STF. A primeira vez que o assunto foi abordado diretamente ocorreu na viagem à COP28, no Oriente Médio, em novembro, quando o jurista acompanhou a comitiva presidencial, mas não demonstrou muita vontade pelo cargo. Lula continuou pressionando.

O magistrado equilibra o respaldo no meio jurídico e o respeito no Parlamento, além de ser próximo a Lula e ao PT. Nos 17 anos de STF, foi um dos principais críticos da Lava Jato e teve a maioria dos votos ligados à área progressista.

Considerado um legalista, é esperado que ele mantenha o ritmo proativo de Dino no ministério. Sem filiação, também há uma expectativa de que ele diminua as indicações partidárias na pasta.

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Quem é Ricardo Lewandowski?

O jurista carioca, 75, é formado em ciência política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e doutor em direito pela USP. Foi ministro do STF entre 2006 e abril de 2023, quando deu lugar a Cristiano Zanin.

Lewandowski presidiu o STF entre 2014 e 2016 e o TSE entre 2010 e 2012, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT). Em 2016, ele também comandou o Senado Federal no processo de impeachment da ex-presidente.

Na Corte, tem um histórico de votos ligados à esquerda. Durante o julgamento do mensalão, votou pela absolvição do ex-ministro José Dirceu e dos deputados petistas José Genoíno e João Paulo Cunha.

Foi um dos ministros do Supremo mais atuantes durante a pandemia. Cobrou do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) um cronograma nacional de vacinação; também deu aval a estados e municípios para decidirem sobre a vacinação de adolescentes.

Desde que deixou o STF, atuava como advogado em São Paulo. Ele trabalhou, por exemplo, numa ação envolvendo a JBS.

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