MPF abre inquérito contra Janones para apurar suposta rachadinha
O Ministério Público do Distrito Federal abriu um inquérito para apurar possível ato de improbidade administrativa cometido pelo deputado André Janones (Avante-MG) pela suposta prática de rachadinha em seu gabinete na Câmara. Ele nega as acusações.
O que aconteceu
MPF foi acionado por Deltan Dallagnol. Em representação enviada ao órgão em novembro do ano passado, o ex-deputado federal, cassado pelo TSE, argumenta que "os fatos narrados devem ser investigados e podem caracterizar, em tese, atos de improbidade administrativa, seja por enriquecimento ilícito, lesão ao erário ou por violação aos princípios da Administração Pública".
Despacho com abertura do inquérito é de dezembro. Ele foi assinado pelo procurador Daniel Cesar Azeredo Avelino. O Conselho de Ética da Câmara também instaurou processo para apurar a suposta prática de rachadinha no gabinete do parlamentar.
Inquérito do MPF é a segunda investigação aberta envolvendo o caso. No início de dezembro, o ministro Luiz Fux, do STF, autorizou a abertura de outro inquérito para investigar as suspeitas de rachadinha.
A acusação contra Janones acontece após a divulgação de um áudio. Na gravação, revelada pelo portal Metrópoles, ele diz que usaria o dinheiro para pagar prejuízos da campanha eleitoral de 2016, quando disputou o cargo de prefeito de Ituiutaba (MG). O áudio teria sido gravado por um ex-assessor dentro de uma sala de reuniões na Câmara. Na conversa, Janones diz que "algumas pessoas" do gabinete receberiam um valor maior que o normal de salário e a diferença deveria ser repassada a ele.
Deputado diz que funcionários negaram prática. Em publicação nas redes sociais ontem (12), Janones diz que, em depoimentos, todos os assessores e ex-assessores envolvidos nas denúncias disseram nunca ter praticado ou presenciado a prática de rachadinha em seu gabinete. "Todos abriram mãos de seus sigilos bancários, fiscais e telefônicos", escreveu.
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