Jordy nega existência de troca de mensagens com foragido encontrada pela PF
O líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), negou hoje a existência da troca de mensagens entre ele e um foragido que consta na investigação da Polícia Federal sobre os atos antidemocráticos do 8/1.
O que aconteceu
Deputado disse que mensagens não existem. "Eu não tenho nada que possa me incriminar com relação ao 8/1. Nunca falei para ninguém ir para frente de quartel, nunca vão encontrar as mensagens que dizem que existem", falou.
Mensagens de Jordy com foragido constam na investigação da PF. O interlocutor de Carlos Jordy se chamava Carlos Victor de Carvalho, responsável pela organização de atos antidemocráticos em Campos dos Goytacazes (RJ) e administrador de mais de 15 grupos de WhatsApp com temática extremista.
Carvalho chama Jordy de "meu líder" e pede direcionamento, dizendo que ele tem o "poder de parar tudo". Em resposta, o deputado pede para falarem por telefone, então não há registro do desfecho desse diálogo específico.
Troca de mensagens aconteceu em 1º de novembro de 2022. Nessa data aconteceram bloqueios de rodovias em todo o país em protesto à eleição de Lula (PT).
PF encontrou 627 mensagens trocadas entre os dois. Jordy inclusive faz contato com Carvalho em 17 de janeiro de 2023, data em que já sabia que o interlocutor tinha mandado de prisão expedido.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado nesta manhã. É a primeira vez que um deputado federal é alvo de um mandado na Operação Lesa Pátria.
Jordy afirmou que ação é "sem fundamento". Nas redes sociais, ele publicou um vídeo em que diz que a ação "visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal".
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