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Tales: Bolsonaro exige 'reação dura' de Valdemar após PF mirar Carlos

Aos palavrões, o ex-presidente Jair Bolsonaro exigiu "uma reação muito dura" do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre a operação da Polícia Federal que tem seu filho Carlos como alvo, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta segunda (29).

A reação do Bolsonaro ao saber disso já dá o tom do significado. Ele pegou o telefone e, aos palavrões, exigiu uma 'reação muito dura' do Valdemar Costa Neto, presidente nacional do seu partido.

Ao ser cobrado por Bolsonaro, o presidente do PL respondeu que certamente reagirá 'de maneira muito enérgica' contra Alexandre de Moraes e a Polícia Federal. Ele não acredita que a reação do PL mudará o rumo dos acontecimentos. Mas acha que esta é a única atitude a ser tomada agora. Tales Faria, colunista do UOL

Tales explicou que há um acordo entre Jair e Valdemar para que Carlos, hoje filiado ao Republicanos, transfira-se para o PL e assuma a presidência da legenda no Rio. A relação entre o líder da sigla e o filho do ex-presidente, porém, não é das melhores, segundo o colunista.

Valdemar nunca morreu de amores por Carlos. Inclusive já disse a deputados do partido que esperava que o vereador seria o primeiro dos membros da família Bolsonaro a ser arrolado nas investigações comandadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Tales Faria, colunista do UOL

Tales destacou que, na semana passada, Valdemar disse que as operações da PF contra Alexandre Ramagem e Carlos Jordy tinham o objetivo eleitoral de atingir o PL. O colunista apurou que uma ala do PL já vê o futuro político de ambos, além do de Carlos Bolsonaro, comprometido após estas investigações.

A ala que não é bolsonarista radical já avalia a possibilidade de que nem Ramagem, nem Jordy sejam candidatos e até mesmo que Carlos poderá não mais comandar a campanha eleitoral no Rio, como havia sido planejado.

Um deputado do partido me disse o seguinte: 'Estamos na mão da Justiça'. Por mais duro que fale Valdemar, será preciso dar um desconto em suas palavras. Ele não gostaria de estar em atrito com o Supremo. Terá que reagir duramente para manter Bolsonaro no partido. Tales Faria, colunista do UOL

Josias: Bolsonaristas desafiam inteligência alheia com tese de perseguição

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O argumento de bolsonaristas de que são "vítimas de uma perseguição política" é uma tolice e não faz sentido algum, afirmou o colunista Josias de Souza. Para o colunista, este argumento é utilizado pelos bolsonaristas porque eles não contam mais com a blindagem promovida pelo aparelhamento da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal.

O argumento é tão tosco que os bolsonaristas desafiam a inteligência alheia. Imaginam que a plateia é 100% feita de idiotas, de pessoas que não se dão conta de que isso não faz nexo. Não tem lógica. Não existe perseguição política. Essa tese é uma tolice, desprezada por um número crescente de brasileiros. Mas é um argumento que ainda tem muito apelo em um pedaço do eleitorado com apreço pelo direitismo troglodita representado pelo Bolsonaro. Josias de Souza, colunista do UOL

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