Conteúdo publicado há 9 meses

Mourão diz que Forças Armadas não podem se omitir após operação da PF

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) repudiou em plenário a operação da PF de hoje, que investiga a organização criminosa que atuou para tentar um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

O que aconteceu

Ex-vice de Jair Bolsonaro (PL) disse que os comandantes das Forças Armadas não podem se omitir diante do que chamou de "devassa persecutória". "Não vivemos em regimes totalitários, mas estamos caminhando para isso. No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes, ao largo da justiça", declarou durante sessão.

Senador também disse ver possibilidade de um conflito grave no país. "A mera observação da precipitação dos acontecimentos, cada vez mais traumáticos, indica a possibilidade lamentável de um confronto de gravíssimas consequências", disse.

Mourão também disse que a operação quer "caracterizar as manifestações da população como fruto de uma conspiração golpista, desqualificando, portanto, toda e qualquer forma de protesto contra o estado das coisas que, até 2016, tinha se instalado no Brasil".

Pouco antes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse em nota que os atos golpistas foram "ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável".

PF mira Bolsonaro e ex-ministros em operação

A PF faz hoje uma operação que apura uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Os agentes cumprem 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.

Foram presos os ex-assessores de Bolsonaro coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, além do major Rafael Martins de Oliveira. O outro alvo, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, está foragido.

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Ex-presidente e ex-ministros, como Augusto Heleno, Anderson Torres e Braga Netto, tiveram passaportes apreendidos e estão proibidos de manter contato uns com os outros. A defesa de Bolsonaro afirmou que já entregou o documento à PF.

UOL revelou que Bolsonaro recebeu minuta, segundo Cid

Em setembro de 2023, UOL revelou que Mauro Cid contou, em sua delação premiada, que Bolsonaro recebeu uma minuta de golpe preparada pelo então assessor internacional Filipe Martins, logo após perder as eleições para Lula.

Segundo a reportagem do colunista Aguirre Talento, na ocasião Cid também revelou aos investigadores que Bolsonaro consultou os comandantes das Forças Armadas sobre plano de golpe de Estado. A trama teve apoio do comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, e encontrou resistência dos comandantes da Aeronáutica e do Exército.

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