Moção de louvor a Musk causa discussão entre deputados na Câmara; vídeo
A aprovação de uma moção de louvor ao bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), gerou uma discussão entre Glauber Braga (PSOL-RJ) e Gilvan da Federal (PL-ES) na Câmara dos Deputados.
O que aconteceu
Discussão se originou por moção a Elon Musk. Entretanto, os deputados passaram a trocar ofensas e falar sobre escândalos relacionados à família Bolsonaro. Em um momento, Gilvan da Federal se aproxima de Braga e começa a xingá-lo. Ele teve de ser segurado, e os microfones dos dois foram cortados.
Moção foi aprovada por Musk "enfrentar a censura". Proposta pelo deputado Coronel Meira (PL-PE), a moção se dá pelo bilionário ter "exposto censura política e infundada imposta pela justiça brasileira contra os usuários da plataforma no país".
Aprovação se deu por voto simbólico. Glauber Braga era o único membro da oposição presente.
Braga: "deputado agiu como capacho de bilionário". Em mensagem ao UOL, Glauber Braga afirmou que Gilvan se comportou "como um capacho do bilionário e da família Bolsonaro". Além disso, disse considerar a moção "absurda".
Musk agradeceu pela homenagem. Em publicação no X, bilionário compartilhou o vídeo da sessão e disse estar "muito agradecido".
O UOL entrou em contato também com Gilvan da Federal em busca de posicionamento, mas não recebeu retorno. Este espaço segue aberto para manifestações.
Musk começou campanha de desinformação, disse Moraes
Moraes citou que Musk começou, no sábado (6), uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE. Na decisão, o magistrado afirma que a ação foi reiterada pelo bilionário ontem (7) e citou as declarações de Musk sobre não cumprir as ordens da Justiça Brasileira para o "bloqueio de perfis criminosos e que espalham notícias fraudulentas, em investigação nesta Suprema Corte".
"Está caracterizada a utilização de mecanismos ilegais por parte do X." Para o ministro, há presença de fortes indícios de dolo de Musk, acrescentando que a conduta do X configuraria abuso de poder econômico (por tentar impactar de maneira ilegal a opinião pública), mas também por induzir e instigar a manutenção de diversas ações criminosas praticadas pelas milícias digitais.
Ministro cita risco à segurança dos membros do STF e do próprio Estado Democrático de Direito. Ele argumenta que isso pode ser "facilmente constatado pelas diversas mensagens com conteúdo de ódio realizadas em apoio àquelas postadas por Elon Musk". Além disso, Moraes aponta a obstrução à Justiça em organizações criminosas investigadas nos inquéritos e atentado ao Poder Judiciário brasileiro.
A flagrante conduta de obstrução à Justiça brasileira, a incitação ao crime, a ameaça pública de desobediência as ordens judiciais e de futura ausência de cooperação da plataforma são fatos que desrespeitam a soberania do Brasil e reforçam à conexão da dolosa instrumentalização crimino das atividades do ex-Twitter, atual 'X', com as práticas ilícitas investigadas pelos diversos inquéritos anteriormente citados, devendo ser objeto de investigação da Polícia Federal.
Ministro Alexandre de Moraes, em decisão
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