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OpiniãoPolítica

Sakamoto: Jornalista dos EUA faz circo voltado ao ataque de instituições

As insinuações de que Alexandre de Moraes quis interferir no X (antigo Twitter) fazem parte de um circo montado pelo jornalista norte-americano Michael Shellenberger para atacar as instituições políticas brasileiras, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta quinta (11).

O que esse ativista divulgou acaba sendo útil simplesmente para atacar o governo. Mas se você cavar um pouco, não encontrará nada com um pouco mais de substância. Se ele trouxesse provas de que houve realmente algo absurdo por parte do TSE, isso teria que ser investigado, sem dúvida alguma.

A divulgação desses documentos serviu tanto como um ataque de Elon Musk contra o TSE quanto para a extrema-direita usar esse jornalista para um ataque no Congresso. O que vemos não é uma audiência para o estabelecimento da verdade na Justiça brasileira, mas um circo voltado ao ataque das instituições políticas nacionais usando informações que não se mostraram fortes. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto questionou o teor das informações divulgadas por Shellenberger no "Twitter Files Brazil", documento no qual o jornalista reúne mensagens trocadas entre funcionários do X e que apontariam um suposto processo armado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para implementar uma ditadura, com a conivência do governo Lula.

Shellenberger é uma figura bastante polêmica. Com relação ao que foi liberado até agora no 'Twitter Files', não vi até agora nenhuma informação que fosse uma prova concreta sobre o comportamento do Supremo.

Ao que tudo indica, as mensagens passadas a ele são de pessoas que trabalham dentro do Twitter. São opiniões e classificações de um advogado para outro. Falta efetivamente algo duro e concreto de que houve um crime cometido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aqui ou ali. Ele disse haver mais coisas que serão divulgadas, mas o que foi informado até agora não se sustenta.

O que foi apresentado até aqui não se segura e, até agora, está sendo usado apenas para servir de arma de ataque à democracia brasileira. Toda essa divulgação está sendo usada para os interesses de um grupo político no Brasil e fora do país. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Jornalista recua e diz não ter provas

Shellenberger disse que não tem provas do suposto processo criminal. "Isso está incorreto", escreveu em post no X nesta quinta-feira (11).

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Na verdade, o processo se referia uma ação do Ministério Público de São Paulo. Segundo um documento publicado pela advogada Estela Aranha, ex-secretária do Ministério da Justiça, para rebater o jornalista, a ação pedia acesso a dados cadastrais para prender uma liderança do PCC.

Porém, Michael Shellenberger diz que os arquivos do chamado "Twitter Files Brasil", como ficou conhecido os textos publicados por ele, são precisos. "No texto acima eu inadvertidamente misturei a exigência de Moraes de desmascarar as identidades das pessoas que usaram essas hashtags com casos diferentes. Lamento o erro e peço desculpas pelo meu erro".

O que aconteceu

O senador bolsonarista Magno Malta (PL-ES) convidou Shellenberger para participar de uma audiência na Comissão de Comunicação e Direito Digital no Senado hoje. As acusações feitas pelo jornalista no "Twitter Files Brazil" serviram como pano de fundo no embate entre o empresário Elon Musk e o ministro do STF.

Josias: Depoimento de jornalista dos EUA sujeita Senado ao ridículo

Josias de Souza avaliou que o Senado correu o risco de fazer papel de ridículo ao convidar Shelleberger para participar de uma audiência, já que o jornalista constrói sua argumentação "com base em uma mentira".

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Esse depoimento do Michael Shellenberger sujeita o Senado ao ridículo. Essa divulgação promovida por esse jornalista, o 'Twitter Files', está escorada em uma mentira. Se você chama e dá crédito a uma pessoa a partir de informações que ela divulgou e levou às redes sociais e que são escoradas em uma mentira, corre-se o risco de passar por ridículo. É o que acontece com o Senado. Josias de Souza, colunista do UOL

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