Conteúdo publicado há 3 meses

Michelle volta a atacar Janja em caso dos móveis e por viagens

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse hoje, durante evento do PL Mulher, em São Luís, que a atual primeira-dama, Janja da Silva, é uma "articuladora de móveis sem licitação".

O que aconteceu

Michelle, que deve concorrer ao Senado em 2026, também criticou as viagens do governo. "Não adianta apenas chegar e ficar articulando, sendo articuladora de viagens, articuladora de compras de móveis sem licitação, inventando, mentindo, para poder usar o dinheiro do contribuinte com irresponsabilidade". A fala é uma referência ao episódio dos móveis do Palácio do Alvorada, que foram encontrados no mês passado, após o governo Lula (PT) acusar a gestão anterior.

A ex-primeira-dama chamou os integrantes do atual governo de "capitalistas travestidos de socialistas". "Por um ano assassinaram nossa reputação dizendo que tínhamos levado os móveis. Pura mentira. Eu mesma falei onde os móveis estavam. 'Estão no depósito de número 5'. Eu dava até o número".

Outro lado: o UOL tenta contato com a assessoria de comunicação de Janja. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

Culpa foi da gestão Bolsonaro, disse governo Lula. Após a reportagem da Folha, em março, a Secom (Secretaria de Comunicação) divulgou uma nota em que responsabilizou o governo anterior pelo desaparecimento.

Relembre o caso

Reportagem da Folha de S.Paulo, publicada no mês passado, revelou que a Presidência havia encontrado todos os 261 bens que estavam desaparecidos. Os móveis foram motivo de discussão entre os casais Lula da Silva e Bolsonaro.

A disputa começou durante a transição de governo, no início do ano passado. Lula e a primeira-dama Janja reclamaram das condições da residência oficial e apontaram que alguns móveis do patrimônio estavam faltando, quando Jair Bolsonaro (PL) e sua mulher, Michelle, se mudaram do local.

Levantamento da Comissão de Inventário Anual, feito no Palácio da Alvorada, havia apontado preliminarmente, ainda em 2022, que 261 bens citados não haviam sido localizados durante os trabalhos. Já início do governo Lula, em 2023, a Presidência afirmou que uma nova conferência havia sido realizada e o número de bens desaparecidos diminuiu para 83.

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O relatório final da comissão foi concluído só em setembro do ano passado. Segundo a Folha, na ocasião, todos os itens foram encontrados.

Relatório apresentado pelo governo Bolsonaro, emitido em 4 de janeiro de 2023, dizia que 261 itens estavam perdidos, segundo o governo Lula. "Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos e sem controle", diz o texto.

A Secom também justificou a compra dos móveis novos, sem licitação, enquanto os antigos estavam desaparecidos. "Foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são os mesmos da lista de patrimônio perdido". O comunicado ainda diz que nem todos os itens encontrados estavam em condições de uso.

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