Conteúdo publicado há 7 meses

Comissão da Câmara aprova convite para audiência pública com Elon Musk

A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou um convite para o bilionário Elon Musk, dono da plataforma X, participar de uma audiência pública no Congresso.

O que aconteceu

O convite foi aprovado em regime de urgência na comissão. O órgão também aprovou nesta terça-feira (23) outro pedido semelhante, que, além Musk, convida também ativista norte-americano Michael Shellenberger para participar de uma reunião na comissão. Os autores dos pedidos são os deputados federais Sanderson (PL-RS) e Fabio Costa (PP-AL).

O embate entre Musk e Moraes

Musk atacou Moraes em publicações no X e insinuou fechar o escritório da rede no Brasil. Empresário questionou o ministro do STF do porquê de "tanta censura no Brasil". Ele fez o comentário em uma postagem no perfil oficial de Moraes.

Moraes é relator de inquéritos sensíveis no Supremo e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O ministro é autor de uma série de despachos que suspenderam perfis, nas redes sociais (entre elas o X), de investigados por suposta disseminação de desinformação e ataques às urnas eletrônicas.

X disse que foi forçado, por meio de decisões judiciais, a "bloquear determinadas contas populares no Brasil". A plataforma informou que comunicou os donos das contas que tiveram que tomar essas medidas, mas declarou não saber as motivações pelas quais as ordens de bloqueio foram emitidas pela Justiça. Os nomes das contas afetadas não foram divulgados.

O empresário pediu a renúncia ou impeachment de Moraes e o chamou de 'Darth Vader do Brasil'. Em uma postagem, ele disse que vai "revelar" como as decisões de Moraes supostamente "violam" as leis brasileiras.

Após os ataques, Moraes determinou a abertura de inquérito pela PF para apurar a conduta do empresário. O documento exige a apuração em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime. O ministro também exigiu a inclusão de Musk como investigado no inquérito das milícias digitais.

Ativista recuou em acusações contra Moraes

Shellenberger disse não ter provas que ministro ameaçou processar advogado do X. Na verdade, o processo se referia uma ação do Ministério Público de São Paulo. Segundo um documento publicado pela advogada Estela Aranha, ex-secretária do Ministério da Justiça, para rebater o jornalista, a ação pedia acesso a dados cadastrais para prender uma liderança do PCC.

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