Conteúdo publicado há 17 dias
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Marçal diz não se arrepender de associar show da Madonna a ritual satânico

O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, disse que não se arrepende de ter declarado que aconteceu um ritual satânico no show da Madonna, no mês passado, na praia de Copacabana, no Rio. Entrevistado no UOL News desta quinta-feira (6), Marçal reafirmou que a cantora fez um show pornográfico e que a apresentação foi um desrespeito ao público.

O que aconteceu ali eu não retiro. Quem é Madonna? Eu não tô falando a cantora Madonna, eu tô falando a pornografia que aconteceu ali, aquilo ali foi um show pornográfico. É uma falta de respeito com as pessoas que estão assistindo aquilo ali. 'Ah, mas eu gosto'. Então, cara, tem que ser reservado esse tipo de coisa. Um ambiente público ali, esfregando na xereca da Madonna, eu acho que aquilo ali pegou tão ruim, é como se a gente não tivesse respeito pelas pessoas.

Não me arrependo e falo de novo, eu não falei que o show é um ritual, ali dentro aconteceu um ritual. E quem é Madonna na fila do Brasil? A gente respeita ela como uma das melhores cantoras da história, mas o que ela fez ali em televisão aberta, com o dinheiro ali, não vou entrar nesse detalhe porque o dinheiro eu já sei de onde vem, mas o que ela fez ali foi um ato.

Se você quiser desqualificar o satanismo ali, e não falo por paixão ideológica, nada disso, não porque eu sou religioso. Para você ter noção, eu sou cristão, mas eu não tenho essa bandeira, eu não frequento instituição religiosa. Foi uma percepção minha, e eu quero que todo cidadão brasileiro se tiver certo ou errado tenha a liberdade de falar o que quiser. Para quem é um brasileiro mediano, que não estuda, não sabe de nada qualquer show é show, qualquer ladrão serve para presidir o Brasil. Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo (PRTB)

Marçal frisou que fez a declaração sobre o show da Madonna quando ainda não era pré-candidato à prefeitura de São Paulo e ressaltou que vai continuar falando o que pensa.

Eu não era pré-candidato ali, e eu tô falando de um show. Eu já produzi muitos shows, inclusive, fui promotor também. Agora eu sou um pouquinho aguçado do mundo espiritual, eu conheço o que é um ritual, eu estudei teologia também e, assim, eu não falei para ser pejorativo, eu falei pra mandar o recado.

Realmente ali aconteceu isso, mas tem nada a ver com a corrida eleitoral. Eu quero continuar sendo um cidadão brasileiro, livre para falar o que eu penso. E assim, não arrependo em absolutamente nada. Não quero também que todo mundo acredite em mim no que eu estou falando. Eu não quero que todo mundo concorde comigo. Agora, você trouxe um assunto que eu não falei em corrida eleitoral. Eu vou continuar falando o que eu penso, inclusive, um homem, você não consegue separar ele da sua ideologia. O homem ou a mulher. Então assim, eu de verdade, eu tive a percepção disso, falei e incomodou. Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo (PRTB)

O pré-candidato disse ainda que pretende amadurecer seu comportamento em publicações nas redes sociais.

Eu tenho que amadurecer. Se eu quero ser o maior servidor público, e serei em 2025, eu preciso amadurecer minha postura, claro. Eu percebi que o presidente da República [Bolsonaro] perdeu a última eleição para presidente justamente porque ele queria emplacar a mesma estratégia que ele usou para chegar. E eu falei isso pra ele: aquilo que te trouxe até aqui não vai te levar até lá. Então, não só estou disposto, como já mudei minha postura. Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo (PRTB)

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Marçal: Nunca busquei apoio de Bolsonaro, só pedi conselho

O pré-candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, disse que nunca procurou o apoio de Jair Bolsonaro para concorrer ao cargo, mas sim para lhe pedir conselhos. Marçal foi entrevistado no UOL News nesta quinta-feira (6). Marçal e o ex-presidente se encontraram em Brasília nesta semana.

Não fui buscar apoio do Bolsonaro. Não pedi nada a ele. Conheço o capitão e ele não gosta que as pessoas lhe peçam nada. Ele é um cara que tem repulsa a isso.

Não fui lá fazer nenhum pedido. Saí de lá com a cabeça erguida. Almocei com ele e passamos umas duas horas juntos. Eu nunca, jamais, fui lá para lhe pedir apoio. Zero. Não fui pedir medalha [de 'imbrochável']; foi ele quem me deu e fiquei muito honrado. Fui pedir conselho. Pablo Marçal, pré-candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo

Sobre o apoio de Bolsonaro a Ricardo Nunes, Marçal considera o nome do ex-presidente "pesado demais" para uma aliança com o atual prefeito, e que isso pode lhe beneficiar na disputa eleitoral.

Não fui atrás do apoio do Bolsonaro. A linha ideológica dele é contraditória à do Nunes, que tem o partido amarrado com o PT. O Nunes está querendo se desvincular do Bolsonaro. Não falarei nada do que Bolsonaro me falou. Ele é muito pesado para o Nunes.

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O povo não está alinhado com Nunes no cenário onde eu entro. Bolsonaro pôs uma granada sem pino na mão do Nunes. Se ele a deixar cair, vai explodir e acabar. Se segurar, viverá na tensão e ficará nesse jogo, porque Bolsonaro é pesado para ele pela linha ideológica. Os dois não combinam; a frequência é diferente.

O homem da granada é o coronel [Ricardo] Mello [Araújo, indicado por Bolsonaro como vice de Nunes]. Mas Nunes não o quer e se desesperou. Se der certo e eles [Nunes e Bolsonaro] continuarem juntos, é muito bom para mim. O peso do Bolsonaro na campanha atrapalha o Nunes no discurso dele. Ali, dificilmente sintonizará a frequência Pablo Marçal, pré-candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo

Boulos ajudou eleitorado a descobrir que estou na disputa, diz Marçal

Marçal avalia que a discussão com Guilherme Boulos na Sessão do Conselho de Ética da Câmara o ajudou na disputa eleitoral pela Prefeitura de São Paulo. Relator do processo contra André Janones (Avante-MG) por rachadinha, que terminou arquivado, o deputado do PSOL chamou o possível adversário de "coach picareta".

Uma pesquisa Datafolha publicada no final de maio aponta empate técnico nas intenções de voto entre Nunes (24%) e Boulos na disputa em São Paulo. Marçal tem 7% das intenções de voto e está um ponto porcentual abaixo de José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB).

Marçal aparece com 10,4% na pesquisa CNN/Atlas, com 7% no Datafolha e com 5,1% no Paraná Pesquisas —últimas pesquisas eleitorais divulgadas na capital paulista. Em todas elas, Boulos e o prefeito estão nas duas primeiras posições, em duas delas em empate técnico.

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Não provoquei o Boulos. Não é do meu estilo fazer isso. Ele me provocou; está preocupado comigo e falou pejorativamente sobre mim, qualificando-me de uma profissão que não exerço. Mas ele caiu em uma besteira: o maior corte produzido de ontem para hoje no Tik Tok não foi a briga do Nikolas [Ferreira] com o Janones, mas do Boulos me chamando disso. Ele ajudou o eleitorado a saber que eu estou na disputa.

Boulos enterrou a candidatura dele. Todo mundo vai saber que ele é a favor da rachadinha. Ficou feio para ele. O próprio [Ricardo] Nunes usará isso para dar uma pancada nele. Pablo Marçal, pré-candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja abaixo o programa na íntegra:

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