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Padilha minimiza PL sobre delações: 'Não afeta evidências contra Bolsonaro'

A decisão de Arthur Lira (PP-AL) de incluir na pauta da Câmara a discussão sobre um projeto de lei com limitações a delações premiadas não afeta a situação de Jair Bolsonaro (PL) pela quantidade de evidências produzidas pelo próprio ex-presidente, afirmou o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha em entrevista ao UOL News nesta sexta-feira (7).

O projeto, pautado por Lira com urgência para votação, proíbe a homologação de delações premiadas de pessoas que estejam presas - o que se aplicaria ao caso do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Os crimes e as evidências contra Bolsonaro não são fruto de delação. Ele fez uma transmissão televisiva dos seus crimes. Fez uma reunião dentro do Palácio do Planalto, um verdadeiro BBB do golpe. Isso foi revelado depois a partir de evidências.

São evidências muito concretas, independentemente de qualquer delação, que mostram o envolvimento direto dele no planejamento e na execução de uma tentativa de golpe e de não reconhecer as eleições.

Há uma confissão televisionada, divulgada para todos pelo vídeo daquela reunião, além de minuta do golpe, de decreto, discurso feito... É um conjunto de outras evidências que mostram os crimes praticados.
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais

Para o ministro, o gesto de Lira não significa uma aproximação entre o presidente da Câmara e membros da oposição. Padilha avaliou que, embora seja minoria no Congresso, a ala governista tem sido bem-sucedida nas votações de temas prioritários.

Não vejo isso. É um tema não só do presidente da Câmara, mas todos os líderes devem tratar disso. A prioridade do governo não é pautar isso, mas sim uma agenda pública que divulgamos o tempo todo. São projetos focados no desenvolvimento econômico para sustentarmos a retomada do crescimento econômico do país.

O governo tem muita consciência de qual é a realidade sobre a composição do Congresso sobre alguns temas. Mas nós estamos conseguindo avançar naquilo que é votado.

Não é um debate entre nós e o Congresso, mas em conjunto com a sociedade. É melhor e fundamental encararmos uma realidade. Por isso o governo tem uma agenda concreta econômica e social.
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais

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