Deputada mantém mandato mesmo cassada por gasto com harmonização facial

A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) pode manter o mandato mesmo após ter sido cassada ontem pelo TRE-AP (Tribunal Regional Eleitoral do Amapá) por gastar dinheiro público com uma harmonização facial. Ela nega a acusação.

O que aconteceu

Parlamentar continua no cargo até o TSE confirmar a decisão do TRE-AP. Silvia Waiãpi teve o mandato cassado pela Corte regional por utilizar verba pública de campanha eleitoral para o procedimento estético durante as eleições de 2022.

Deputada é acusada de repassar R$ 9.000 do Fundo Eleitoral para cirurgião-dentista. Segundo a denúncia do MPE (Ministério Público Eleitoral), foram feitas duas transferências em 29 de agosto daquele ano, uma de R$ 2.000 e outra de R$ 7.000.

O caso foi levado à Justiça pela ex-coordenadora de campanha de Waiãpi. Durante a sessão de ontem no TRE-AP, os desembargadores acompanharam trecho do depoimento prestado pelo cirurgião-dentista, que confirmou ter recebido pagamento pelo procedimento. O MPE apresentou recibos da harmonização.

Em vídeo divulgado à imprensa, a deputada nega as acusações. Ela afirma que não fez nenhum procedimento com o cirurgião-dentista, que o recibo é falso e que soube da decisão do TRE-AP pelas notícias, porque não foi notificada. "Me espanta que essa cassação tenha ocorrido de maneira atropelada. Não havia como ter cassação se as minhas contas já tinham sido aprovadas", disse.

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O caso de Silvia Waiãpi é semelhante ao da senadora conhecida como "Moro de saia". Selma Arruda perdeu o mandato em dezembro de 2019 em julgamento no TSE. Por 6 votos a 1, a Corte confirmou decisão do TRE-MT, que decidiu pela cassação em abril daquele ano. Até dezembro, Arruda continuou no cargo.

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