Advogada especialista em direitos humanos será porta-voz de Silvio Almeida
O ex-ministro Silvio Almeida reuniu na última terça-feira (10) um grupo de advogados para discutir sua defesa nas acusações de assédio sexual. Ele foi demitido pelo presidente Lula (PT) na semana passada.
O que aconteceu
Almeida escolheu o advogado Nelio Machado para liderar a sua defesa. Machado é um dos criminalistas mais renomados do país.
A porta-voz da equipe será Juliana Faleiros. Ela é ativista em direitos humanos e militante de minorias sociais, como negros e população a LGBTQIAPN+.
Especialista em gerenciamento de crise compõe equipe. O advogado Fabiano Machado da Rosa participou do encontro e vai colaborar com sua experiência em lidar com assuntos de grande repercussão, como o que envolve Silvio Almeida.
Ex-ministro não falará publicamente nos próximos dias. Segundo fontes ouvidas pelo UOL, ele ficará recluso com a família. Silvio nega veementemente as acusações e precisaria de um tempo fora dos holofotes para se preparar psicologicamente para rebater as denúncias.
Demissão após denúncias de assédio
Silvio Almeida foi exonerado do cargo por Lula (PT) após virem a público denúncias de assédio sexual. O petista demitiu o então ministro dos Direitos Humanos na última sexta-feira (6), depois que o portal "Metrópoles" revelou a existência de denúncias de suposto assédio sexual contra ele. Uma das vítimas, de acordo com o portal, seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que confirmou a informação em conversa com ministros do governo. Na semana passada, o UOL também revelou relatos de suposto assédio moral na gestão de Silvio Almeida.
Anielle confirmou denúncias. O UOL apurou com fontes próximas ao presidente Lula que a ministra confirmou a colegas da Esplanada que havia sido vítima de importunação sexual e assédio por parte de Sílvio Almeida. O grupo se reuniu depois com Lula, que estava em viagem a Goiânia. Silvio Almeida também foi ouvido pelos colegas.
Silvio Almeida negou as acusações de assédio sexual e disse que pediu para ser demitido para poder se dedicar a provar sua inocência. "Nesta sexta-feira (6), em conversa com o Presidente Lula, pedi para que ele me demitisse a fim de conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência."
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