Caso das marmitas: governo Lula suspende convênio com quatro entidades
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O governo federal informou, nesta quinta-feira (13), que suspendeu convênio com quatro entidades que distribuem refeições a populações vulneráveis.
O que aconteceu
Ministério do Desenvolvimento Social anunciou fiscalização sobre o programa Cozinha Solidária. Na semana passada, reportagem do jornal O Globo apontou que quatro cozinhas conveniadas, em São Paulo, não estão entregando as marmitas ou produzindo menos refeições que o previsto. A suposta fraude é investigada pela Polícia Federal.
Governo não informou o motivo da suspensão de cada entidade. Uma das organizações suspensas é a Mover Helipa, do bairro de Heliópolis — zona sul de São Paulo —, que gerencia as quatro cozinhas sob suspeita. As outras três são a APA (Associação Plenitude do Amor), de Salvador (BA); a Mãe Terra, de Recife (PE), e a Casa de Apoio Social RNA, de Anápolis (GO).
Entidades alegam questões burocráticas. A APA e a RNA afirmaram ao UOL que tiveram problemas na prestação de contas no site transfere.gov, que controla o repasse dos recursos. Já a Mãe Terra informou que uma de suas cozinhas conveniadas é suspeita de irregularidades na documentação dos beneficiários. Todas garantem, porém, que entregam as refeições normalmente.
O Cozinha Solidária tem convênio com 21 entidades, que gerenciam um total de 384 cozinhas pelo país. O programa foi criado por lei em julho de 2023, mas os recursos só começaram a ser pagos em dezembro do ano passado, após a seleção das organizações por meio de edital. Hoje, segundo o governo, o programa atende cerca de 13 milhões de pessoas.
O valor total previsto para o programa é de R$ 30 milhões. De acordo com o governo, ele cobre o valor de R$ 2,40 por refeição ofertada. Além da compra de alimentos, as cozinhas podem usar a verba para trocar ou reformar equipamentos e remunerar funcionários, por exemplo.
Oposição usou as suspeitas para atacar o governo. Na última terça-feira (11), deputados do PL e de partidos aliados levaram quentinhas vazias à tribuna da Câmara e citaram a reportagem do jornal O Globo. "A quentinha que deveria estar alimentando o pobre de São Paulo simplesmente não foi entregue", disse o deputado Paulo Bilynsyj (PL-SP).
Entidade investigada foi vitrine do programa
A Mover Helipa, alvo da PF, foi a principal vitrine do Cozinha Solidária. Em dezembro do ano passado, quando os recursos do programa começaram a ser pagos, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), visitou a sede e exaltou o trabalho da entidade, que também oferece cursos de gastronomia à comunidade de Heliópolis.
O UOL procurou a entidade, mas não teve resposta até o momento. Em uma publicação no Instagram, no último dia 8, a Mover Helipa afirmou que as cozinhas sob suspeita "não têm ligação direta" com a entidade, que faz apenas a intermediação dos recursos e "auxílio na otimização" dos locais.
A Mover Helipa afirma, ainda, que já pediu ao ministério a desvinculação das cozinhas investigadas. "Nosso trabalho é sério e funciona constantemente para quem quiser ver", diz a publicação no Instagram.
6 comentários
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Paulo de Sousa Borges
Com certeza é mais uma Corrupção 1nsana deste Governo... Não é a toa que no Governo LuloPetista, o Brasil atingiu o pior índice de percepção da Corrupção da história, segundo a transparência internacional...
Horácio Monteschio
No Brasil não há falta de dinheiro e sim muita corrupção.
Paulo Mello
Para tristeza dos zumbis bolsominions, o próprio Ministério do Desenvolvimento Social anunciou fiscalização e pediu a ação da PF. Não é como no desgoverno do Trump, em que ele ameaça trocar quem investiga e anuncia sanções contra tribunais. Governo Lula 10 x 0 extrema direita.