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Ebola mata missionária que trabalhava com padre espanhol infectado

9.ago.2014 - A missionária congolesa Chantal Pascaline (de branco) morreu neste sábado em Monróvia, vítima do ebola - EFE
9.ago.2014 - A missionária congolesa Chantal Pascaline (de branco) morreu neste sábado em Monróvia, vítima do ebola Imagem: EFE

Em Madri

09/08/2014 09h19

A missionária congolesa Chantal Pascaline, uma das duas companheiras dos religiosos espanhóis evacuados da Libéria na quinta-feira por causa da epidemia do Ebola, morreu neste sábado (9) em Monróvia, vítima da doença, informou em Madri a ONG para a qual trabalhava.

"A Ordem Hospitalar de São João de Deus informa a triste notícia do falecimento esta madrugada da irmã Chantal Pascaline por causa do Ebola no Hospital São José de Monróvia", informou a organização religiosa à qual pertence o padre espanhol Miguel Pajares, o primeiro infectado pelo vírus repatriado para a Europa.

Pajares, de 75 anos, chegou a Espanha junto com a freira Juliana Bonoha, de origem africana, mas com nacionalidade espanhola, e que trabalhava com ele no hospital da capital liberiana.


A Ordem de São João de Deus, responsável pela ONG que gerencia o hospital, pediu ao ministério espanhol das Relações Exteriores a retirada urgente de Pajares, Pascaline e da freira guineana Paciencia Melgar, ambas pertencentes, como Bonoha, à Congregação das Missionárias da Imaculada Conceição, e infectadas pelo vírus.

A diretora-geral da Saúde Pública espanhola, Mercedes Vinuesa, disse, no entanto, que o país só repatriaria os espanhóis.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou na sexta-feira uma emergência de saúde pública de alcance mundial e convocou a comunidade internacional a se mobilizar contra a epidemia de Ebola no oeste da África.

O comitê de urgência da OMS, que se reuniu na quarta e na quinta-feira em Genebra, "considera de forma unânime que estão dadas as condições" para declarar "uma emergência de saúde pública de alcance mundial", declarou a diretora-geral da organização, Margaret Chan.

Diante de uma situação que se agrava, "uma resposta internacional coordenada é essencial para conter e fazer retroceder a propagação internacional do Ebola", acrescentou o comitê.