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Hospitais de Beirute estão praticamente saturados pelo coronavírus

5.ago.2020 - Hospital Wardieh fica destruído após explosão no Porto de Beirute, no Líbano - AFP
5.ago.2020 - Hospital Wardieh fica destruído após explosão no Porto de Beirute, no Líbano Imagem: AFP

17/08/2020 08h43

Os hospitais de Beirute estão praticamente saturados com a chegada de pacientes de covid-19, o que, somado às consequências da explosão de 4 de agosto na capital, leva o Líbano "à beira do abismo", afirmou o ex-ministro de Saúde Hamad Hassan, que renunciou ao cargo recentemente.

O número de casos positivos aumentou de maneira significativa nas últimas semanas, e ontem o país registrou o recorde, com 439 contágios, o que eleva a 8.881 o total de diagnosticados com a covid-19. O balanço registra ainda 103 mortes.

"Os hospitais públicos e privados da capital dispõem de uma capacidade de atendimento muito limitada, em número de leitos de UTI ou de respiradores", advertiu o ex-ministro Hassan.

"Estamos à beira do abismo, não podemos permitir o luxo de perder mais tempo", completou, antes de defender um novo confinamento de duas semanas.

"Na capital, as UTIs e os serviços responsáveis pela luta contra a epidemia nos hospitais públicos estão lotados", afirmou.

De acordo com o ex-ministro, quatro hospitais de Beirute que atendiam pacientes do novo coronavírus ficaram "fora de serviço" depois da gigantesca explosão no porto.

O governo libanês determinou um novo confinamento durante o verão, mas a medida foi revogada após a explosão.

O Líbano conseguiu conter com certa eficiência a propagação do coronavírus depois de adotar um confinamento estrito em março, mas os contágios voltaram a aumentar no início do verão, após a suspensão progressiva das restrições.