Taxa de letalidade da covid-19 é de 0,66%, diz estudo
Um estudo elaborado por universidades britânicas baseado em dados sobre a propagação do novo coronavírus na China aponta que a taxa de letalidade da covid-19 é de 0,66%, levando em conta que uma proporção das infecções não está confirmada.
Se apenas os casos confirmados forem analisados, a taxa de letalidade do SARS-CoV-2 seria de 1,38 %, de acordo com o artigo publicado ontem na revista "The Lancet Infectious Diseases", desenvolvido com base em 70.117 casos clínicos diagnosticados em território chinês.
A gravidade da doença aumenta com a idade dos pacientes: a taxa de letalidade em pessoas entre 20 e 30 anos é de 0,031 %, mas aumenta para 7,8% em pessoas com mais de 80 anos de idade.
O mesmo padrão pode ser visto na percentagem de pessoas que requerem hospitalização: 3,4% das pessoas entre 30 e 40 anos são admitidas, enquanto a proporção de pessoas entre 50 e 59 anos que estão infectadas é de 8,2%.
Os pesquisadores do Imperial College London, da Queen Mary University e da Universidade de Oxford que realizaram o estudo alertam que o vírus pode saturar os sistemas de saúde mais avançados se não forem tomadas medidas para impedir a sua propagação.
Os responsáveis pelos estudam fazem uma estimativa de que entre 50% e 80% da população mundial pode estar infectada com o novo coronavírus, ao mesmo tempo em que salientam que a maioria das pessoas se recupera, mesmo depois de sofrer sintomas graves.
O tempo médio entre os primeiros sintomas e a morte de um paciente é de 17,8 dias, enquanto os pacientes que se recuperam levam em média 22,6 dias para receber alta.
"Pode haver casos isolados que recebem muita atenção da mídia, mas nossa análise mostra muito claramente que as pessoas com mais de 50 anos têm muito mais probabilidade de serem hospitalizadas do que aquelas com menos", destacou a pesquisadora Azra Ghani em um comunicado. "Nossas estimativas podem ser usadas em qualquer país para tomar decisões sobre as melhores políticas para conter a covid-19", completou.
Em um comentário publicado ao lado do estudo, o cientista da Universidade de Miami Shigui Ruan declarou que os índices de mortalidade podem variar ligeiramente entre os países. "Isso se deve a diferenças nas medidas de prevenção, controle e mitigação implementadas", justificou o cientista, observando que os dados também são afetados pelo nível de preparação e acessibilidade aos serviços de saúde.
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