Capitais brasileiras concentram 80% dos casos de novo coronavírus no Brasil
Resumo da notícia
- São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza são as capitais com maior número de casos
- Se capitais forem excluídas, cidades metropolitanas lideram em volume de casos
- Isolamento é defendido como essencial para impedir avanço para zonas rurais e periferias
As capitais dos estados e o Distrito Federal concentram 80% dos casos confirmados do novo coronavírus no Brasil. O maior número de ocorrências se concentra em São Paulo, com 1.044 casos oficiais até o momento, seguida pelo Rio de Janeiro, com 489 confirmados.
O levantamento foi feito pela reportagem do UOL utilizando os dados disponibilizados na tarde de ontem pela plataforma colaborativa Brasil.IO e os números fornecidos pelas secretarias estaduais de Saúde. Cabe ressaltar que os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde estão defasados com relação aos informados pelos estados e não contêm nível de detalhamento por municípios, o que pode gerar discrepâncias em algumas comparações.
Após São Paulo e Rio de Janeiro, a lista das dez cidades com maior número de casos oficiais segue com Fortaleza (338), Brasília (298), Belo Horizonte (163), Porto Alegre (143), Manaus (140), Salvador (117), Curitiba (73) e Recife (52).
Ao todo, são 355 cidades que registraram a ocorrência de pelo menos um caso. Nas cidades que não são capitais, a campeã em ocorrências é Niterói, cidade metropolitana do Rio de Janeiro, com 37 casos confirmados. Vila Velha, município do Espírito Santo, vem em seguida com 21 ocorrências.
No levantamento que considera os dez municípios com maior índice de casos confirmados, há quatro no estado paulista: Santo André (17), São Caetano do Sul (16), São Bernardo do Campo (15) e Guarulhos (13). O estado concentra o maior número de casos do país.
Segundo o médico Evaldo Stanislau Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Diretor da Sociedade Paulista de Infectologia, um dos grandes desafios do Brasil será a disseminação do vírus para as periferias e cidades do interior do Brasil.
"Se nessas regiões não conseguirmos lidar com a disseminação, vamos ter que lidar com um pico de contaminados em uma população extremamente vulnerável e pobre que não tem o mesmo acesso à saúde", avalia.
Para o especialista, as medidas de restrição, como os decretos de quarentena adotados em algumas cidades do país, estão retardando o contágio em cidades menores. Autoridades mundiais em saúde recomendam o isolamento social como estratégia para a contenção da epidemia.
Apesar de o discurso oficial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ser o de questionar a efetividade dessas medidas, ela é reforçada pelo próprio Ministério da Saúde.
"O isolamento social é a única medida cientificamente comprovada que impacta a disseminação do vírus. E ela não serve apenas para regiões urbanas, mas para o Brasil inteiro", ressalta Araújo.
*Colaborou Carolina Marins, do UOL em São Paulo
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