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Mais pessoas podem ter sido infectadas pelo ebola em Dallas, diz CDC

Do UOL, em São Paulo

13/10/2014 13h48Atualizada em 13/10/2014 15h19

Outras pessoas podem ter sido infectadas pelo vírus ebola além da enfermeira que foi diagnosticada com a doença em Dallas, no Texas, tornando-se o primeiro caso de ebola contraído nos Estados Unidos, segundo informou o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças do EUA) nesta segunda-feira (13).

A enfermeira cujo nome não foi divulgado ajudou no tratamento do liberiano Thomas Eric Duncan, que foi diagnosticado com ebola no hospital de Dallas. Ele morreu dias depois.

"Podem haver casos adicionais entre aqueles que trataram do primeiro paciente com ebola", disse Thomas Frieden, diretor do CDC.

Ainda segundo Frieden, o estado de saúde da enfermeira é "clinicamente estável" e a ela teve contato com "apenas uma única pessoa".

Segundo o hospital, a enfermeira foi infectada apesar de usar equipamento de proteção completo, que inclui macacões, luvas, máscara e viseira.

Os profissionais do CDC, responsáveis em confirmar os diagnósticos do vírus no país e criadores do protocolo com as diretrizes de atendimento de casos de ebola, disseram ainda não saber como a enfermeira de Dallas contraiu ebola na unidade de isolamento onde o liberiano estava sendo tratado. Ela usava as roupas especiais nas quais previnem o contato com secreções do doente.

O vírus é transmitido pelo contato com secreções do infectado, isto é, sangue, suor, urina, fezes, vômito e sêmen.

O CDC pediu uma investigação para descobrir a causa da infecção. Mesmo assim, vem sendo alvo de críticas depois da infecção da enfermeira.

Mais de 4.000 pessoas morreram em consequência do ebola desde o começo da epidemia em meados de fevereiro deste ano. Os países mais afetados pela doença são Libéria, Serra Leoa e Guiné, mas há casos na Nigéria e na República Democrática do Congo --este último de outro tipo de vírus do ebola.

(Com agências internacionais)