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Programa Mais Médicos eleva consultas e reduz internações, diz ministro

Do UOL, em São Paulo

04/08/2015 12h43Atualizada em 04/08/2015 13h38

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta terça-feira (4) que o programa Mais Médicos tem elevado o número de consultas e baixado a quantidade de internações hospitalares no país.

Durante cerimônia de apresentação do balanço de dois anos do programa, no Palácio do Planalto, em Brasília, Chioro disse que o número de consultas médicas nos municípios atendidos cresceu em 33% nos últimos dois anos, dado que, de acordo com o governo, representa a ampliação da capacidade de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde).

O ministro também declarou que os municípios com profissionais do programa apresentaram uma redução de 4% nas internações, o que pode representar uma diminuição dos gastos do sistema público de saúde.

"Depois de 27 anos de criação do SUS finalmente temos cobertura de atenção à saúde básica em todo o país", afirmou Chioro.

O programa conta atualmente com 18.840 médicos. Eles atuam em 4.058 municípios e 34 distritos indígenas. De acordo com o governo, 63 milhões pessoas são beneficiadas pelo programa. E todos os municípios do país passaram a tet ao menos um médico para atender a população. Antes, eram 700 sem um único profissional.

Em 2015, 15.747 médicos brasileiros se inscreveram para trabalhar no programa. Todas as 4.139 vagas abertas neste ano foram preenchidas por profissionais nascidos no país.

Uma pesquisa realizada pelo governo apontou que para 85% a qualidade do atendimento melhorou. Numa escala de zero a dez, a nota média dada pelos entrevistados ao programa foi nove.

Chioro e o ministro da Educação, Renato Janine, procuraram ressaltar a parceria entre as pastas para aumentar a oferta de cursos de medicina no país e anunciaram a criação de 3 mil novas bolsas de residência para estudantes.

Dilma realizada

Na cerimônia, a presidente Dilma Rousseff (PT) declarou que foi aconselhada a não lançar o Mais Médicos em 2013, mas que hoje se sente realizada com o programa. “Recebi vários conselhos para interromper o programa. Não foi um, não foram dois. Eram sistemáticos conselhos que diziam: ‘vamos ficar muito mal com os médicos [do país]’”, relatou. “Tenho certeza que o programa Mais Médicos engradece o meu mandato. Me sinto realizada que vocês [médicos] estão presentes nos municípios do país”.