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A cada 17 segundos, uma pessoa se infecta com o vírus HIV no mundo

Do UOL, em São Paulo

01/12/2017 04h00

A cada 17 segundos, uma pessoa no mundo se infecta com o vírus HIV, causador da aids, em uma epidemia que já provocou até agora 35 milhões de mortes.

Em 2016, cerca de 1,8 milhão de pessoas foram infectadas com o vírus da Aids. Esta cifra representa uma média de uma nova infecção por HIV a cada 17 segundos, ou seja, quase 5.000 por dia.

No Brasil, uma pessoa é infectada a cada 15 minutos. A taxa de detecção da doença no país tem se estabilizado nos últimos dez anos, com média de 20,7 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, os dados alertam para um avanço da epidemia entre os mais jovens e os idosos. 

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Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, a taxa de infectados explodiu entre 2006 e 2015 nas faixas de 15 e 19 anos (variação de 187,5%, com a taxa passando de 2,4 para cada 100 mil habitantes para 6,9) e de 20 a 24 (alta de 108%, passando de 15,9 para 33,1 infectados). Entre 25 a 29 anos, foi de 21%, com a taxa migrando de 40,9 para 49,5%.

Em todo o país, foi registrado um aumento de 29,4% no número de casos de HIV entre idosos de 2014 para 2015. Segundo o Ministério da Saúde, foram 771 novos casos em 2014, enquanto no ano seguinte foram 998 novos casos. Já em 2016, até junho, 437 novos casos foram informados ao órgão.

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AFP

Diagnóstico melhorou

Estima-se que 830 mil pessoas vivam com HIV no Brasil. Desse total, 694 mil (84%) sabem que são portadoras do vírus - um aumento de 18% quando comparado 2016 com dados de 2012.

Em 2016, 72% das pessoas diagnosticadas estavam em tratamento. Uma proporção bem maior do que em 2012, quando 62% das pessoas vivendo com HIV-aids estavam em terapia com antirretrovirais.

A supressão viral (quando a proporção de vírus circulante no sangue é considerada pouco expressiva, o que indica o sucesso do tratamento) também avançou. Dos pacientes tratados, 91% apresentam carga mínima de vírus.

Um dos maiores desafios é tentar garantir que as pessoas diagnosticadas entrem em tratamento - e mantenham essa condição. Na população entre 18 e 24 anos, apenas 56% dos diagnosticados estão em tratamento e 49% têm carga viral em níveis considerados ideais.

(Com agência Estado e AFP)