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Estados Unidos confirmam primeiro caso de morte por coronavírus no país

O presidente Donald Trump concede entrevista coletiva para anunciar a primeira morte por coronavírus nos EUA - Joshua Roberts/Reuters
O presidente Donald Trump concede entrevista coletiva para anunciar a primeira morte por coronavírus nos EUA Imagem: Joshua Roberts/Reuters

Do UOL, em São Paulo

29/02/2020 15h43Atualizada em 29/02/2020 17h47

Os Estados Unidos anunciaram hoje a primeira morte decorrente do coronavírus. A vítima é uma mulher que estava internada em um hospital no Condado de King, próximo à cidade de Seattle, no estado de Washington — onde também foi registrado o primeiro caso da doença no país (um homem vindo da China).

Em pronunciamento oficial, o presidente Donald Trump se referiu a ela como "paciente de alto risco perto dos 60 anos".

Trump informou que já são 22 pessoas que foram infectadas com o coronavírus no país — 15 delas estão se recuperando em casa. "Se você está saudável, você vai atravessar o processo da doença e ficará bem", afirmou o presidente americano.

O governo dos EUA também anunciou que foram ampliadas as restrições para voos com destino ao Irã, à Itália e à Coreia do Sul (leia mais abaixo).

Segundo o Centro para o Controle e a Prevenção de Enfermidades, há mais de 60 pessoas infectadas com o vírus nos Estados Unidos, na maioria passageiros do cruzeiro Diamond Princess, que ficou em quarentena em um porto do Japão.

Trump disse que vai se reunir com a indústria farmacêutica na segunda-feira para discutir o desenvolvimento de vacina para o coronavírus. Apesar do quadro, Trump garantiu que os Estados Unidos têm estrutura para lidar com a doença.

"Gostaria de pedir para que a mídia e os políticos tenham cuidado para que não façam nada que possa incitar pânico", disse. "Nós começamos a agir muito cedo e essa decisão foi capaz de salvar vidas".

Tanto Donald Trump quanto o seu vice, Mike Pence, líder da força tarefa de combate ao coronavírus no país, disseram que 23 milhões de máscaras estão disponíveis nos Estado Unidos. A prioridade é para os infectados e, logo em seguida, estão os profissionais da área da saúde.

"Trump quer garantir que os servidores de saúde tenham condições de fazer seu trabalho", afirmou Pence. "Um americano médio não precisa comprar uma máscara."

Restrição de voos

Donald Trump afirma ter tomado ações mais agressivas do que qualquer outro país do mundo para impedir que a doença se alastre. Como os Estados Unidos são o principal destino de viagens do mundo, Trump impôs fortes restrições às viagens que tivessem como destino áreas com muitos casos da doença.

Hoje, Trump anunciou novas restrições envolvendo Irã, Itália e Coreia do Sul, em adição às que já vigoravam para a China. Os americanos estão sendo orientados a não viajar para as áreas mais afetadas pelo vírus na Itália e na Coreia do Sul.

Autoridades dos Estados Unidos disseram neste sábado que as restrições aos viajantes do Irã seriam expandidas para incluir cidadãos estrangeiros que visitaram o país nos últimos 14 dias como parte de um esforço para reduzir a propagação do coronavírus nos EUA.

O vice Pence disse que o governo americano também trabalharia com a Itália e a Coreia do Sul para coordenar a triagem de viajantes que entram nos Estados Unidos a partir desses países.