Testes confirmam covid-19 em 30% de mortes suspeitas pela doença em SP
Resumo da notícia
- São Paulo tem 787 óbitos suspeitos de covid-19, e o histórico mostra que 30% destas mortes dão positivo
- Aplicação desse percentual de 30% nas 787 mortes suspeitas significa mais 236 vítimas fatais na lista
- Em relação aos pacientes vivos e com suspeita de contaminação do coronavírus, o percentual de confirmação é 10%
- Os dados foram informados pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria estadual de Saúde
O estado de São Paulo tem uma fila de 9,4 mil exames de covid-19 esperando por resultados e, desse total, 787 são de pessoas que morreram. O índice de confirmação é de 30% para casos envolvendo óbitos, afirmou Paulo Menezes, coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde.
A realidade das estatísticas só será conhecida com a análise final dos exames, mas a aplicação desse percentual de 30% nas 787 mortes suspeitas significa o acréscimo de 236 vítimas fatais na lista. A resposta oficial deve vir em uma semana, porque a secretaria pretende zerar a fila até o próximo sábado.
O estado de São Paulo registrou 928 mortes até o momento, e há 12.792 pessoas contaminadas pela covid-19 — o que representa 43,34% dos óbitos e 39,97% dos contaminados no Brasil.
Esse esforço de fazer os testes também vai responder quantos casos de pessoas vivas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus estão de fato contaminadas. Subtraindo os óbitos ainda não esclarecidos dos 9,4 mil testes na fila, chega-se a 8.613 casos suspeitos aguardando o laudo.
O coordenador de Controle de Doenças revelou que, nessa situação, o índice de confirmação é menor do que em relação às mortes e fica em 10% de exames dando positivo. Outro ponto importante é que, nesse esforço de testar pessoas, há prioridade para óbitos, pacientes graves e profissionais de saúde.
Dados sobre profissionais de saúde
O dado mais atualizado da rede pública sobre funcionários de hospitais é de ontem, e havia 1.557 pessoas afastadas por causa da covid-19. O coordenador de Controle de Doenças explicou que os índices de confirmação de trabalhadores do sistema de saúde é semelhante ao da população em geral.
A quantidade de pessoas afastadas dos hospitais não atrapalha o atendimento, afirmou o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann. Ele disse que o número representa 1% dos profissionais do estado e não há implicações na manutenção dos serviços.
Avanço da doença preocupa
O que tem preocupado as autoridades de saúde é o avanço do novo coronavírus na capital do estado. O Instituto de Infectologia Emílio Ribas estava com sua UTI lotada ontem.
A pandemia também está pressionando os hospitais do ABC paulista. O Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, tinha 89% de suas vagas de terapia intensiva ocupadas.
A previsão da Secretaria estadual da Saúde é que em maio os hospitais da rede pública estejam sem leitos de UTI. Restariam os hospitais de campanha, que devem lotar em julho.
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