Pará contratará médicos cubanos para ajudar no combate à covid-19
O governo do Pará anunciou hoje que vai contratar temporariamente 86 médicos cubanos para reforçar o atendimento a pacientes contaminados pelo novo coronavírus no estado. A decisão foi tomada após parecer favorável dado pela PGE Procuradoria-Geral do Estado, que traçou orientações técnicas para as contratações.
Os médicos, segundo o governo, têm especialidade em clínica médica, medicina intensiva e infectologia, além de experiência em "Atenção Básica". Os 86 profissionais estão no Brasil e têm autorização para residir de forma fixa e permanente no país, com domicílio no Pará.
Ainda de acordo com o governo, os profissionais devem atuar no Hospital de Campanha instalado no Centro de Convenções da Amazônia e em unidades básicas de saúde e de pronto-atendimento (as UPAs) de Belém.
De acordo com o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer, os profissionais cubanos já entraram em contato com o governo estadual se colocando à disposição para o trabalho na pandemia.
Segundo o governo, desde 2018, quando houve o rompimento do acordo entre Brasil e Cuba e a saída dos profissionais, esses médicos decidiram permanecer no Pará aguardando a prova de revalidação do diploma, o Revalida, para obter autorização para voltarem ao trabalho no Brasil.
"O problema é que a União não abre processo para o Revalida desde 2017, e também não finalizou até o momento os processos de naturalização destes profissionais, o que impede que eles sejam incorporados ao Programa Médicos pelo Brasil", diz Ricardo Sefer.
O Pará afirma que sofre ainda com uma baixa adesão de médicos brasileiros à ação "Brasil Conta Comigo - Profissionais da Saúde", criada no início do mês pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento da covid-19.
Para ajudar a rede de saúde, a Universidade do Estado do Pará anunciou hoje que antecipou a formatura de 61 formandos do curso de medicina dos campi de Belém e Marabá.
Segundo boletim de hoje, o Pará já contabiliza 1.195 casos confirmados de covid-19, com 43 mortes. No estado, a ocupação de leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) já está em 91%, com lotação máxima em várias unidades da rede.
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