Covid-19: Saúde ameniza recorde de mortes e diz que dado não é de um dia só
O Ministério da Saúde tentou amenizar hoje o recorde de 474 mortes confirmadas no Brasil nas últimas 24 horas. A pasta justificou que o número se refere a óbitos que foram computados hoje, mas já ocorreram há mais dias. No entanto, esse é o padrão desde o início da divulgação dos balanços, e não um fato isolado.
"É importante destacar que nas últimas 24 horas tivemos 185 óbitos novos mortos em São Paulo, 73 no Rio de Janeiro, 24 em Pernambuco, 19 no Ceará e 32 no Amazonas", disse o Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, em coletiva de imprensa, usando os dados entregues ao governo federal pelos Estados.
"No entanto, das 474 [mortes confirmadas pelo governo de ontem para hoje], 146 foram registradas nos últimos três dias — 8 hoje, 41 ontem e 97 no domingo. Esses 474 são óbitos recentes, mas boa parte de investigações que já foram concluídas e atualizadas", concluiu.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que é necessário abordar a situação como "uma curva que vem crescendo" com o agravamento de mortes e casos. "A gente está tratando dessa forma. O Brasil tem que ser tratado de maneira diferente para cada região. E vamos continuar acompanhar."
O Ministério da Saúde anunciou hoje que subiu para 5.017 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil — 474 óbitos confirmados nas últimas 24 horas, maior número registrado no período desde o início da pandemia. Com os dados atualizados, o país ultrapassou a China, que registra oficialmente 4.643 mortes por conta da covid-19.
No total, são 71.886 casos oficiais no país, segundo os dados mais recentes do Ministério, com 5.385 novos diagnósticos de ontem para hoje. Segundo a pasta, ao menos 34.325 pacientes estão em acompanhamento e mais de 32.544 já se recuperaram. 1.156 óbitos seguem em investigação.
Saúde distribui EPIs e respiradores
Questionado sobre o motivo do aumento de casos e mortes por covid-19 no país, Teich não ofereceu uma resposta direta; o ministro e o secretário-executivo da pasta, Eduardo Pazuello, mencionaram medidas adotadas pelo ministério para auxiliar estados e municípios.
"Tem a parte financeira, tem os respiradores, EPIs (equipamentos de proteção individual), recursos humanos", observou Teich.
Segundo Pazuello, a Saúde vai distribuir, a partir de manhã, 185 respiradores para estados e municípios.
"O Ministério da Saúde vem se preparando e adquirindo esse material no mercado e continuando com a distribuição focada onde está pior. Não é apenas linear, como em outros planejamentos", afirmou o número 2 da pasta.
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