Witzel estuda implantar lockdown; ex-ministro diz que é 'pra ontem'
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, discute internamente decretar lockdown no estado, como forma de manter pessoas em casa e atividades não essenciais paradas e, assim, reduzir a propagação do coronavírus. Um comitê que assessora o governo fluminense aconselha este direcionamento e um médico que o integra, o ex-ministro José Gomes Temporão, afirmou que a decisão precisa ser tomada "para ontem". As informações são do jornal O Globo.
"Da primeira semana de abril para cá é perceptível que muitas pessoas não estão cumprindo o isolamento. E há a dificuldade de se fazer fazer isolamento em comunidades muito pobres na medida que a ajuda do governo federal, já insuficiente, não chegou. A política econômica não está a serviço da política de saúde", disse Temporão, ex-ministro da Saúde do governo Lula.
Temporão criticou o presidente Jair Bolsonaro ao falar da taxa baixa de distanciamento social. "Falta um grau de consciência que é estimulado pela postura do presidente."
O estado do Rio se vê próximo a um colapso do sistema de saúde, como Witzel já admitiu. Assim, precisa diminuir os novos casos e novas mortes pela covid-19 para poder prestar assistência à população.
"O conselho fez por bem recomendar o fechamento tampão por um período. Não falamos em prazo, que vai depender muito da adesão e da capacidade real de se reduzir a circulação viral", afirmou o médico, que defende lockdown só em partes do estado em situação delicada. "Você só pode sair quando novos casos e óbitos caírem. Ainda estamos no começo da subida da curva."
Temporão ainda cobra melhoras na entrega do auxílio emergencial à população.
"Estamos ainda numa situação que, se você não fecha, o sistema de saúde pode entrar em colapso. E, se você fecha, tem que garantir que as pessoas em casa possam cumprir esse isolamento. Esse é o dilema", concluiu.
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informou ontem que há 11.721 casos confirmados e 1.065 mortes por coronavírus no estado. O governo informou ainda que 356 óbitos em investigação e 150 foram descartados. Até o momento, entre os casos confirmados, 6.284 pacientes se recuperaram da doença.
A capital é o maior foco da doença, com 670 mortes até agora. Na sequência estão Duque de Caxias (84), Nova Iguaçu (46), Niterói (27), São Gonçalo (25), São João de Meriti (21) e Belford Roxo (16).
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