Iniciado há um mês, 1º hospital de campanha de Bolsonaro está fechado em GO
As obras do primeiro hospital de campanha do governo Jair Bolsonaro (sem partido) começaram há exatamente um mês em Águas Lindas (GO). Em meio a escalada de casos de coronavírus, a promessa era de que os 200 leitos do hospital funcionariam a partir de 21 de abril. A unidade está pronta, mas o governo não passou a gestão ao estado, o que impede o início das atividades.
A estrutura foi projetada para atender a população de cidades próximas e do Distrito Federal. Bolsonaro visitou as obras em 11 de abril e fez propaganda da unidade em uma live no dia 30, apesar de o local não funcionar.
A obra foi anunciada ao preço de R$ 10 milhões, para ter área construída de 115 x 30 metros, com refeitório e alojamento para os profissionais de saúde.
O país tem 8.536 óbitos e 125.200 casos de coronavírus. Em Goiás são 45 mortes e 3.500 registros da doença. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde.
Nesta segunda-feira (05), o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) se encontrou com Bolsonaro para cobrar a entrega da unidade. A promessa é de que deve ser entregue nos próximos dias.
Desde o início da pandemia, as unidades de campanha são construídas e geridas por estados e municípios. O governo federal anunciou duas unidades: em Águas Lindas (GO) e Manaus (AM).
No entanto, nesta semana o ministro da Saúde, Nelson Teich, esteve em Manaus e disse que, antes de pensar em hospital de campanha, é preciso otimizar recursos. A unidade não foi construída naquele estado.
Durante a visita às obras, em 11 de abril, Bolsonaro provocou aglomeração e manteve contato próximo com apoiadores. A postura contraria as orientações da Organização Mundial de Saúde, que defende o isolamento social.
O governo de Goiás informou que possui leitos de UTI dedicados à Covid-19 que atendem as de internação de casos graves. Dos 45 leitos de UTI sob gestão estadual dedicados para Covid, 26 estão livres (57,78%) e 19 ocupados (42,22%), nesta quinta-feira (07).
"A SES-GO aguarda que o Ministério da Saúde repasse a gestão do Hospital de Campanha de Águas Lindas para a gestão estadual", informou a Secretaria Estadual de Saúde, em nota.
Outro Lado
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde comunicou, em nota, que "irá enviar, ainda nesta semana, ofício para que o governo de Goiás providencie recursos necessários para o pleno funcionamento do Hospital de Campanha, que não estão inclusos no contrato. A gestão dessa unidade hospitalar ficará sob a responsabilidade do Estado".
Sobre o hospital de AM, a pasta comunicou que a proposta está "em análise".
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