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Doria cobra visita e resposta de Teich: 'Que não siga a cartilha do ódio'

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB)  - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) Imagem: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

08/05/2020 16h43

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), cobrou hoje ajuda do governo federal ao estado e a visita do ministro da Saúde, Nelson Teich, ao epicentro da covid-19 no Brasil. Em entrevista à Globo News, ele afirmou que já cobrou duas vezes respostas do ministério e disse esperar que Teich não siga "cartilha ideológica'.

"Aqui é o epicentro do coronavírus, o estado de São Paulo. Elogiei a atitude do ministro de ir até Manaus visitar as vítimas. O ministro tem que vir a São Paulo. Eu li que ele vai ao Amapá, com todo respeito, mas a prioridade é São Paulo", disse. "Além de não vir aqui, ele ainda não atendeu as solicitações que formulamos há oito dias. Já cobramos duas vezes, hoje foi a segunda vez. Faremos novamente na segunda."

Segundo o governador de São Paulo, o estado não teve nenhuma ajuda desde a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. De acordo com Doria, o governo federal não ajudou com nenhuma máscara, respirador ou leito de UTI.

"Espero que o ministro seja republicano, como foi Mandetta, que foi o único que nos atendeu. O único recurso foi R$ 92 milhões que o Mandetta prometeu a São Paulo e cumpriu", disse. "Fora isso, nenhuma máscara, respirador, leito, nada, zero. Fizemos solicitação e vamos aguardar até terça. Esperamos que o ministro cumpra sua obrigação e que não siga a cartilha do ódio ou ideológica, e sim a cartilha da medicina. Tenho certeza que vai desejar preservar seu nome e biografia."

O governador de São Paulo anunciou hoje a prorrogação da quarentena até o dia 31 de maio. Doria chegou a ficar com a voz embargada ao falar sobre a medida e lembrar o Dia das Mães, que será celebrado em 10 de maio.