Operação investiga contrato de R$ 79 mi para hospital de campanha no DF
Uma operação foi deflagrada hoje, no Distrito Federal, para apurar irregularidades em contratação emergencial, sem licitação, firmada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) no combate à pandemia do coronavírus.
Há suspeita de direcionamento ao ser contratada empresa para gerenciamento de aproximadamente 200 leitos no hospital de campanha construído no Estádio Nacional Mané Garrincha, que deve ser inaugurado nos próximos dias.
A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal (CECOR/PCDF), em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (PRODEP) e a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PROSUS), do MPDFT, deflagram a "Operação Grabato", após as irregularidades serem detectadas pelo Ministério Público.
O valor do contrato firmado é de aproximadamente R$ 79 milhões, e a investigação também abarca os procedimentos de contratação de empresa para gerir as UTIs do Hospital da PMDF e de aluguel de ambulâncias.
"A suspeita é que a empresa contratada tenha se aproveitado da situação de calamidade para, com a participação de servidores públicos, burlar as regras legais e firmar contrato com a Secretaria de Saúde causando prejuízo aos cofres públicos", explica a CGU, em nota.
Foram cumpridos hoje oito mandados de busca e apreensão nas regiões de Taguatinga, Asa Norte, SIA e Lago Sul. Empresas, residências de empresários e a Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde da SES-DF foram os alvos.
As autoridades procuraram provas para "crimes de inobservância deliberada das formalidades pertinentes à dispensa de licitação e estelionato contra a administração pública, podendo-se, após análise do material apreendido, chegar a outros crimes e à quantificação do prejuízo ao Erário".
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