Fiocruz inaugura hospital com 195 leitos para pacientes com covid no Rio
Um importante aliado no combate ao coronavírus começou a funcionar ontem no Rio de Janeiro. Com 195 leitos, foi aberto o Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz). A nova unidade fica em Manguinhos, sede da Fiocruz.
Os primeiros pacientes começaram a ser transferidos ontem de outros hospitais e os leitos serão ocupados gradualmente.
Construído em regime emergencial, o hospital possui características específicas que o difere das unidades de campanha que estão sendo erguidas pelo país e que terão funcionamento temporário. Todos os leitos contam com um sistema de isolamento com pressão negativa do ar, específico para infecções por aerossóis.
No interior dos quartos, que são individuais, uma tubulação é responsável por sugar o ar contaminado que passa por um sistema de filtragem antes de ser eliminado por chaminés instaladas na parte externa da construção. Há, ainda, uma central de tratamento de esgoto própria, concebida para tratar resíduos com o novo coronavírus e garantir destino seguro do efluente gerado.
Operando em condição de assistência de alta complexidade e sistema de apoio diagnóstico próprio, a área de diagnóstico inclui aparelhos de raio-X, ultrassonografia, ecocardiografia e tomografia. Também estão disponíveis os serviços de broncoscopia e endoscopia. O complexo, que ocupa uma área de 9,8 mil metros quadrados, conta com entrada exclusiva para ambulâncias e heliponto.
"A Fiocruz continuará trabalhando incessantemente para fortalecer as ações do SUS em meio a esta crise humanitária que tem tido impacto tão grande na vida da população e que traz tantos desafios para um país continental e desigual como o Brasil", disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.
O novo hospital não terá atendimento de emergência, só aceitará pacientes vindos de outros hospitais, por meio do sistema de regulação. O financiamento é do Ministério da Saúde e de doações, totalizando R$ 140 milhões.
Após a pandemia de covid-19, o hospital atenderá pacientes de doenças infecto contagiosas, como tuberculose, aids, doença de Chagas, entre outras. Cerca de mil funcionários trabalharão no centro hospitalar, quando estiver totalmente pronto.
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