SP anuncia regras de reabertura e quer garantir emprego de mulheres
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), detalhou hoje o plano de flexibilização da quarentena na capital do estado. Para voltar às atividades, os setores econômicos precisam passar por um fluxo de aprovação criado pela prefeitura, que inclui análise dos protocolos de funcionamento pela vigilância sanitária. Foi pedido atenção às mulheres porque as escolas e creches não reabrirão e o cuidado dos filhos culturalmente recai sobre elas, que terão emprego ameaçado.
Um decreto será publicado até o dia 1º de junho para tratar do tema e os setores deverão enviar as propostas para um site criado pela administração municipal (www.prefeitura.sp.gov.br/retomada). A proposta precisa cumprir parâmetros sanitários mínimos que foram definidos pelo governo do estado para cidades na fase 2, classificação recebida por São Paulo.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho vai receber os protocolos, avaliar se eles atendem aos requisitos mínimos e só então serão validados pela vigilância sanitária. As propostas devem cumprir as exigências de conter cuidados de saúde, higiene, fiscalização, autorregulação, proteção de consumidores e funcionários e política de comunicação das regras.
Situação de mães deve ser contemplada por protocolos
Será necessário também uma atenção a situação das mulheres. Como escolas e creches não reabrirão, é necessário cuidar dos filhos, tarefa que geralmente cabe às mães. A Prefeitura pede uma política especial para que elas não percam o emprego por não ter onde deixar as crianças.
"Outras preocupações já aparecem aqui na Prefeitura. A primeira delas, de que forma nos vamos ter uma reabertura destas atividades sem prejudicar as mulheres. Por quê? Porque as escolas, as creches não serão reabertas, e de que forma nós vamos garantir que não haja o desemprego da mulher trabalhadora. Porque é sempre sobre a mulher que recai a obrigação de cuidar dos filhos. Este tema e outros, os setores precisam vim discutir com a Prefeitura de São Paulo para que a gente não aumente desigualdade aqui na cidade".
Segundo o plano chamado "Retomada Consciente", apresentado ontem pelo governador João Doria (PSDB), o município de São Paulo está apto a entrar na fase 2. O novo cenário permite a volta de atividades imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios, comércio e shoppings. Os setores podem voltar com restrições.
De acordo com o prefeito, não há uma data específica para que os setores voltem a funcionar. A retomada só vai ocorrer depois do aval da vigilância sanitária. Ele ainda disse que é preciso seguir as normas para não haver retrocesso.
"Não pode repetir o erro de várias outras cidades que começaram a reabrir e depois voltaram atrás", afirmou.
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