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Covid-19: Brasil mantém mais de 32 mil novos casos pelo 2º dia consecutivo

26.mai.2020 - Sepultamento de vítima de coronavirus no cemitério São Francisco Xavier,em Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro - JORGE HELY/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
26.mai.2020 - Sepultamento de vítima de coronavirus no cemitério São Francisco Xavier,em Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro Imagem: JORGE HELY/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

10/06/2020 19h01Atualizada em 10/06/2020 22h23

Pelo segundo dia consecutivo, o Ministério da Saúde registrou uma alta superior a 32.000 novos casos de coronavírus no Brasil e mais de 1.200 mortes, números semelhantes aos observados ontem pelo boletim diário do governo.

Com isso, ao todo, 772.416 pessoas foram diagnosticadas com covid-19 no país. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 32.913 casos, o segundo maior número já registrado no período desde o início da pandemia. A maior taxa segue a do dia 30 de maio, quando foram anunciadas 33.274 novas infecções pelo coronavírus.

Já o número de novas mortes registradas entre ontem e hoje, 1.274, eleva o total para 39.680. Trata-se do terceiro maior índice obtido desde o início da pandemia. O número mais alto foi atingido no último dia 4 (1.473 óbitos).

Os pacientes recuperados chegam a 325 mil, enquanto os casos em acompanhamento são 407.341.

País é o 1º em média diária de mortes

Ao manter em alta a média de mortes confirmados diariamente nos últimos sete dias, o país superou os Estados Unidos e o Reino Unido em número de confirmações de óbitos.

Foram 7.197 os registrados na última semana segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS) — que apresentam defasagem em relação aos países. Enquanto isso, os EUA, país com maior número de mortes, registrou 5.762 no mesmo período e o Reino Unido, 1.552.

Com a pandemia em fase de aceleração, o país se tornou também aquele com maior média relativa à taxa de óbitos de acordo com a população.

Os estados e a flexibilização

Após superar o Sudeste ontem, a região Nordeste já é a que mais concentra casos no país, e responde por 35,2% das infecções, apenas 0,1% a mais que a região formada por São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Norte aparece na sequência, com 20,8% do total, seguido por Sul (4,4%) e Centro-Oeste (4,3%).

São Paulo segue sendo o estado mais afetado nas contas da pasta, com 9.862. É seguido por Rio de Janeiro (7.138) e Ceará (4.480). Os estados também são aqueles com maior número de diagnósticos confirmados. Respectivamente, 156.316 em SP, 74.373 no RJ e 71.402 no CE.

Mesmo com os números em alta, os três estados começam a flexibilizar seus modelos de isolamento social. Hoje, o governador paulista João Doria (PSDB), anunciou a prorrogação da quarentena "heterogênea" por mais duas semanas. O estado registrou hoje seu maior número de mortes confirmadas em 24 horas: 340.

Assim, a Região Metropolitana, Baixada Santista e Vale do Ribeira estão autorizadas para a adoção da Fase 2 do plano de reabertura gradual da economia a partir de segunda-feira. No interior, contudo, as medidas de restrição serão endurecidas.

Na capital, a reabertura do comércio hoje, após negociação do prefeito Bruno Covas (PSDB) com as associações que representam os setores, provocou aglomerações e filas especialmente na região central. Amanhã, os shoppings da cidade poderão funcionar por um período de quatro horas e algumas restrições.

Medida semelhante foi anunciada pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) hoje no Rio de Janeiro. Na capital fluminense, os shoppings poderão funcionar das 12h às 20h com número de ocupação máxima dos estacionamentos e espaços. O comércio de rua segue sem autorização para a retomada das atividades. A capital é o município com mais casos, 38.960. Na sequência estão Niterói (4.288), São Gonçalo (2.622) e Nova Iguaçu (2.408).

No Ceará, o governador Camilo Santana (PT) permitiu na segunda-feira a retomada do comércio de rua e dos shoppings da capital Fortaleza com 40% da mão de obra, horário limitado e protocolos sanitários. Ontem, a cidade ganhou grades ao longo de grandes áreas de calçadões e grandes praças da cidade para impedir a circulação de pessoas nesses espaços.

Consórcio de mídia revela total de 39.797 mortes

Levantamento feito por um consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, revela que o Brasil chegou hoje (10) a 775.184 casos e 39.797 mortes oficiais por covid-19. Os números têm como base os boletins de secretarias estaduais de saúde.

Segundo os estados, nas últimas 24 horas o país inteiro registrou 33.100 diagnósticos e 1.300 óbitos por covid-19. Com esta alta, o Brasil adicionou mais de 103,615 casos em apenas quatro dias — eram 671.569 no último sábado (6).

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19 na semana passada, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa a partir desta semana e buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão. Os veículos de comunicação compilaram conjuntamente os dados com base nos boletins mais recentes de cada unidade da Federação.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que o informado na primeira versão do texto, a capital do Rio de Janeiro tem 38.960 casos, e não óbitos. A informação foi corrigida.