Análise mostra que reabertura prematura como dos EUA e Brasil é mais mortal
Um levantamento da rede norte-americana CNN aponta que a reabertura precoce da economia durante a pandemia do coronavírus resulta em um cenário de mais mortes, a exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos e Brasil, primeiro e segundo colocados respectivamente nas listas de maiores números de casos e de óbitos pela covid-19. Ontem, o Brasil teve registro de 48 mil novos casos, segunda maior alta já observada no país.
A análise da emissora cruzou dados de 18 países e mostra que aqueles que a União Europeia considera mais sob controle na pandemia só começaram a reabrir atividades depois de ver uma sustentada queda nos casos diários da covid-19.
Brasil, Estados Unidos e Índia não adotaram medidas restritivas o suficiente para encarar a crise e já iniciaram retomadas. Viajantes vindos dos três países estão proibidos de entrar em territórios da União Europeia.
O bloco se abriu a viagens de cidadãos de 15 países. Para que se entre nessa lista, é preciso que os casos diários no país em questão sejam semelhantes aos do bloco e eles precisam estar com gráficos de novos casos em queda.
Ao analisar que países são esses - numa lista que inclui Austrália, Japão, Marrocos, Ruanda, Tunísia e Uruguai -, conclui-se que eles têm uma medida em comum: fizeram restrições vigorosas e as deixaram de forma lenta e gradual.
Ontem, os EUA tiveram recorde de casos confirmados em 24 horas, com 53 mil. Já o Brasil reabre por regiões, como no Rio de Janeiro, que permitiu atividades de bares e restaurantes, que causaram aglomeração.
Segundo estudo da revista Nature, medidas de lockdown impediram contágio a 285 milhões de pessoas na China, 49 milhões na Itália e mais de 60 milhões nos EUA.
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