Topo

Esse conteúdo é antigo

Campinas pede 'reciprocidade' a São Paulo para garantir atendimento

Prefeito Jonas Donizette espera que cidades da região metropolitana possam ajudar Campinas - Luiz Granzotto/Divulgação prefeitura de Campinas
Prefeito Jonas Donizette espera que cidades da região metropolitana possam ajudar Campinas Imagem: Luiz Granzotto/Divulgação prefeitura de Campinas

Do UOL, em São Paulo

07/07/2020 13h29

A cidade de Campinas (SP) vive um aumento no número de novos casos de coronavírus nas últimas semanas e já se preocupa com a possível falta de atendimento a pacientes. Com a ocupação dos leitos de UTI para a covid-19 passando dos 90%, o prefeito do município, Jonas Donizette (PSB), disse hoje que espera uma reciprocidade da região metropolitana de São Paulo para evitar um colapso no sistema de saúde.

"O que eu estou pedindo também é que quando São Paulo teve sua fase mais dura, Campinas socorreu São Paulo. Recebemos pacientes de Franco da Rocha, de Ferraz de Vasconcelos, que é a região metropolitana paulistana. O que a gente está pedindo agora é uma reciprocidade", afirmou Donizette em entrevista à Globonews.

"Para se ter uma ideia, nos equipamentos estaduais, temos uma AME (Ambulatório Médico de Especialidades) aqui que foi adaptada para hospital covid. O menor número de pacientes é de Campinas, 90% de pacientes da região metropolitana. Tudo bem, eu não estou reclamando, mas é necessário um apoio de outras esferas de governo", completou o prefeito.

Segundo dados da Prefeitura de Campinas, até anteontem a cidade tinha 90,23% dos seus 379 leitos dedicados a pacientes da covid-19 ocupados. Na última sexta-feira (03), o município foi reclassificado para a fase vermelha do Plano São Paulo de flexibilização das medidas de isolamento social. Desde 22 de junho, o comércio voltou a ser proibido de funcionar.

Donizette, que também é presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), não vê problemas na fiscalização ao comércio da cidade, que teve cenas de aglomeração na primeira tentativa de reabertura.

"Não vejo como ineficiência (na fiscalização), e aqui não vai nenhum problema em admitir qualquer coisa de fato. Se for falar de ineficiência vai ter que falar da Coreia do Sul, de 80% dos estados americanos", disse o prefeito.

"Fizemos uma abertura com todas as responsabilidades, mas tivemos um problema no centro da cidade porque é um local natural de aglomeração e a as pessoas não estavam acostumadas com esse tipo de circunstância na rotina delas", explicou Donizette.

No último boletim diário da pandemia da covid-19, Campinas reportou ontem 11 novas mortes causadas pela doença e um aumento de 524 pessoas entre os contaminados. A cidade já registrou 10.474 casos confirmados de coronavírus.