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Covid: Novas mortes no país crescem 1% em uma semana; Sul tem alta de 27%

Sul e Centro-Oeste foram as únicas regiões a registrar crescimento tanto no número de novas mortes quanto de novos casos - Altemar Alcantara/Semcom
Sul e Centro-Oeste foram as únicas regiões a registrar crescimento tanto no número de novas mortes quanto de novos casos Imagem: Altemar Alcantara/Semcom

Do UOL, em São Paulo

08/07/2020 17h16Atualizada em 08/07/2020 18h14

O Brasil voltou a registrar aumento do número de mortes por coronavírus em uma semana, segundo boletim epidemiológico divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. Entre os dias 28 de junho e 4 de julho, o país registrou 7.195 novos óbitos por covid-19, um acréscimo de 1% em relação ao número registrado na semana anterior (7.094).

As regiões Sul e Centro-Oeste foram as únicas a registrar crescimento tanto no número de novas mortes quanto de novos casos. Na primeira, foram 428 óbitos entre 28 de junho e 4 de julho, resultado 27% maior do que o registrado na semana anterior (338). O número de infectados cresceu de 18.719 para 25.493 — aumento de 36%.

No Centro-Oeste, as novas mortes subiram de 484 para 590 (+22%), enquanto os novos casos foram de 24.428 para 28.764 (+18%).

"Nossa grande preocupação é com os estados do Sul — já são três, quatro semanas de aumento significativo no número de casos e de óbitos — e do Centro-Oeste. São regiões que até quatro semanas atrás quase não apareciam nas estatísticas. Fica o alerta, tanto para a população como para os gestores, para reforçar as medidas de atenção à saúde", disse Eduardo Marques Macário, diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis.

O número de novos casos também segue em ascendência no país: foram 263.337 diagnósticos de infecção pelo coronavírus em uma semana. O número representa um avanço de 7% em relação ao registrado no período anterior (246.088).

A velocidade do aumento, porém, caiu. Na semana anterior, o crescimento havia sido de 13%, de 217.065 para 246.088.

"Essa é a curva isolada do Brasil, sem comparar com outros países. A gente vê que, entre a nona até a 27ª semana epidemiológica [dado mais recente], houve um aumento bastante significativo da 15ª até a 22ª [semana], de 15%. Nos parecia que tenderia a um platô. Mas, da semana 24 à semana 25, tivemos um aumento de 22%", lembrou Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.

Norte, Nordeste e Sudeste

A região Norte foi a única que registrou, na última semana, diminuição no número de novas mortes e casos. De 28 de junho a 4 de julho, foram 635 óbitos, 5% menos do que o registrado na semana anterior (671). Os casos, por sua vez, caíram de 41.652 para 35.316 (-15%) no mesmo período.

O número de novas mortes no Nordeste se manteve praticamente estável entre as duas semanas epidemiológicas, passando de 2.411 para 2.399 (-0,05%). Mas os novos diagnósticos cresceram no período: na semana anterior, eram 77.138; na última, foram 89.015 — um aumento de 15%.

Já o Sudeste registrou redução no registro novas mortes, mas crescimento no número de novos casos. Segundo o Ministério da Saúde, foram 3.143 óbitos verificados entre 28 de junho e 4 de julho, queda de 1% em relação aos 3.190 divulgados no balanço anterior. Os novos infectados passaram de 84.151 para 84.749 (+1%).

O secretário Arnaldo Correia de Medeiros ainda alertou para uma tendência de diminuição do número de novos diagnósticos e mortes nas regiões metropolitanas das capitais. Os dados do interior, em contrapartida, "vêm crescendo ao longo das semanas epidemiológicas", informou.

Vacinação contra a gripe

Apesar de a campanha de vacinação contra a gripe ter sido encerrada em 30 de junho, o Ministério da Saúde recomendou aos estados que ainda têm estoques da vacina que ampliem sua distribuição para toda a população.

Segundo última atualização da pasta, a cobertura vacinal já está em 90,2%. Ontem, os perfis oficiais do ministério nas redes sociais também divulgaram a recomendação: "Se você não vacinou, aproveite!".