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IBGE: 2,4 milhões de pessoas apresentaram sintoma de covid-19

Arquivo - Moradores da Vila Jacuí, em São Paulo, fazem testes para covid-19 - Felipe Pereira/UOL
Arquivo - Moradores da Vila Jacuí, em São Paulo, fazem testes para covid-19 Imagem: Felipe Pereira/UOL

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

23/07/2020 10h10Atualizada em 23/07/2020 11h10

Aproximadamente 2,4 milhões de pessoas (ou 1,1% da população) apresentavam pelo menos um dos sintomas conjugados de síndrome gripal que podem estar associados à covid-19 entre no mês de junho, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo a pesquisa PNAD Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada hoje, essas pessoas reclamaram perda de cheiro ou sabor ou febre, tosse e dificuldade de respirar ou febre, ou tosse e dor no peito. Em maio, elas eram 4,2 milhões.

A pesquisa, feita somente por telefone, coletou dados em pouco mais de 193 mil domicílios do país. Segundo o IBGE, o levantamento investiga os sintomas relatados de síndromes gripais, como a covid-19, mas não os diagnósticos médicos.

Do grupo que apresenta sintomas conjugados, a maior parcela:

  • é do sexo feminino (57,8%),
  • tem entre 30 e 59 anos (54,8%),
  • é preta ou parda (68,3%)
  • tem ensino médio completo ou superior incompleto (39,6%)

Ao menos um sintoma

Cerca de 15,5 milhões de pessoas reclamaram ao menos um dos 12 sintomas pesquisados que são relacionados a alguma forma de gripe, segundo a pesquisa do IBGE. O número é o equivalente a 7,3% da população.

Em maio, 24 milhões de pessoas, ou 11,4% dos brasileiros, relataram o mesmo.

População procura o SUS

De acordo com a pesquisa, 3 milhões de pessoas, ou 19,2% daqueles que apresentaram algum sintoma gripal, procuraram atendimento em postos de saúde, em equipe de saúde da família, UPA, pronto-socorro ou hospital do SUS (Sistema Único de Saúde) ou, ainda, ambulatório/consultório, pronto-socorro ou hospital privado.

A maioria delas procurou atendimento em estabelecimentos públicos: 77,6% daqueles com algum sintoma (2,3 milhões de pessoas) e 82,3% daqueles com algum dos sintomas de covid-19 (sintomas conjugados), ou 846 mil pessoas.

A atenção primária foi o local de maior procura por atendimento em junho, com 1,3 milhão (45,3%) de pessoas com algum sintoma de gripe e 477 mil (46,4%) de pessoas com alguma suspeita de covid-19.

A procura por pronto-socorro do SUS ou por hospitais (públicos, privados ou ligados às forças armadas) também foi grande, respectivamente de 21,4% e 21,7% entre aqueles com alguma gripe e 25,8% e 26,4% entre aqueles com suspeita de covid-19.

Internações

Em maio, 115 mil pessoas foram internadas com algum dos sintomas pesquisados, 12% das que apresentaram algum dos sintomas pesquisados e 15% (57 mil) das que apresentaram possibilidade de infeção por covid-19.

A maior parte destas pessoas internadas era homem (55,2% e 50,3%, respectivamente) e de cor preta ou parda (60,3% e 58,5%, respectivamente).

Entre as pessoas de 60 anos ou mais com sintomas e que procuraram hospital para atendimento médico, 40,2% foram internadas.

Sem vacina, sem carnaval

AFP