Em SP, quem não usa máscara tem 3 vezes mais chance de contrair covid-19
Resumo da notícia
- Dado consta da segunda fase do inquérito sorológico divulgado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB)
- A prevalência da infecção pelo vírus ficou em 9% em quem utiliza máscara sempre
- Número sobre para 30,5% quando as pessoas utilizam a máscara "de vez em quando"
Na cidade de São Paulo, quem não usa máscara em lugares públicos tem três vezes mais chances de se contaminar com o novo coronavírus em relação às pessoas que usam o item.
O dado consta da segunda fase do inquérito sorológico desenvolvido pela Prefeitura da capital, e que foi divulgado hoje pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).
O inquérito analisa questões como as incidências por:
- escolaridade;
- etnia;
- decisão de fazer ou não distanciamento social;
Em relação às máscaras, a prevalência da infecção pelo vírus ficou em 9% em quem utiliza o item sempre. O número sobre para 30,5% quando as pessoas utilizam a máscara "de vez em quando", diz a prefeitura.
"Quem não usa [a máscara] têm mais do que três vezes mais chances de pegar o vírus", afirmou Covas em coletiva.
Outro ponto levantado pela pesquisa é que mais de 1,3 milhão de paulistanos já possuem anticorpos contra a covid-19.
Sul concentra mais casos
A região Sul da cidade é a mais atingida, levando em consideração os dados da prefeitura. Na pandemia, a região vem concentrando os bairros com maiores números de mortes pelo coronavírus.
Distritos como o Grajaú, o Jardim Ângela e o Capão Redondo, todos na periferia da zona sul, permaneceram nos primeiros lugares dos índices de vítimas da doença durante os últimos dois meses.
"Isso é um tema que a gente vem dizendo já há algum tempo. O vírus está jogando luz sobre a desigualdade que nós temos na cidade de São Paulo", disse Covas. "O vírus tem mais que o dobro da incidência sobre quem tem somente ensino fundamental, quando comparado a quem tem ensino superior. A população com menos instrução pega mais o vírus na cidade", comentou o prefeito, citando a escolaridade como outro fator que influencia nos dados apurados.
Covas também apresentou dados que apontam para uma maior probabilidade de se infectar com o vírus entre as pessoas que não respeitaram o isolamento social.
Desrespeito ao isolamento aponta risco maior
Enquanto as incidências de contaminação ficaram em 8,5% em quem respeitou o distanciamento e a quarentena imposta pelas autoridades na capital, o índice de quem não respeitou o isolamento ficou em 25,2%.
Ou seja, segundo o inquérito da Prefeitura, um quarto dos que não respeitaram o isolamento apresentaram teste positivo para a covid-19.
Em termos étnicos e sociais, a pandemia atinge mais os pobres e os que se identificam como pretos e pardos. Na estimativa da Prefeitura, há prevalência de 17,7% de contaminação pelo vírus na classe D; esse número é de 4,6% na classe A.
Em relação à etnia, a prevalência de infecção é de 14,6% em pretos e pardos e 9% entre brancos.
"O perfil sócio demográfico mais suscetível [vulnerável] à infecção pelo Sars-Cov-2 permanece sendo: raça/cor preta e parda, menor instrução e menor renda mensal", diz um trecho da conclusão do inquérito conduzido pela prefeitura.
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