SP defende plano de abertura e afirma: mudança não traz mais liberação
Resumo da notícia
- Patrícia Ellen avalia que as mudanças do Plano São Paulo podem ter gerado sensação de que teve "liberação"
- Para o coordenador do Centro de Contingência, mudanças pretendem dar mais segurança nas mudanças de fases, especialmente da amarela para a verde
- Recalibragem admite possibilidade de regiões adotarem medidas mais brandas de isolamento social mesmo com índices de ocupação de UTIs acima de 70%
- Governo também anunciou distribuição de 111 novos respiradores pelo estado. Ao todo, 3.097 aparelhos já foram distribuídos
Autoridades do governo paulista defenderam hoje a reformulação de critérios do Plano São Paulo, o plano de retomada social e econômica do Estado diante da pandemia do novo coronavírus. As medidas foram apresentadas ontem, quando foram anunciadas como uma "recalibragem" do planejamento.
A secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen, explicou novamente as medidas. E reforçou: trata-se de um trabalho feito nas últimas semanas para aumentar a segurança, a restrição e a estabilidade do plano.
"A gente percebeu que teve um mal-entendido com as mudanças do Plano São Paulo, aquela sensação de que teve uma liberação. É importante lembrar o esforço que nos trouxe até aqui", explicou.
O tom foi semelhante ao adotado por Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência. Em sua participação na coletiva, o médico afirmou que as mudanças pretendem dar mais segurança nas mudanças de fases, especialmente da fase amarela para a fase verde.
"Ontem, algumas manchetes sugeriram que poderíamos estar facilitando a transição de fases, facilitando a retomada de atividades com a epidemia ainda presente. Quero reforçar que, ao contrário, o que foi feito foi um ajuste que permite uma mudança cada vez mais segura de uma fase para outra."
A recalibragem admite a possibilidade de as regiões adotarem medidas mais brandas de isolamento social mesmo com índices de ocupação de UTIs acima de 70%. Para tal, porém, São Paulo exige também números menos desfavoráveis a respeito de casos e óbitos a cada 100 mil habitantes em cidades e regiões.
Os cálculos, segundo a secretária, foram feitos de acordo com o Centro de Contingências do Coronavírus em São Paulo, criado no início da pandemia, e com o Conselho Econômico do Estado de São Paulo, criado posteriormente.
"São dois órgãos consultivos, mas que o governo do Estado tem seguido à risca para que nos deem o respaldo técnico. Nós também nos comprometemos e esclarecemos que o Plano São Paulo, mais do que um plano de reabertura, é um plano de gestão e convivência com a pandemia", disse.
"Nosso compromisso é com a ciência, é com a vida, é com a transparência. Nós temos tido um longo trabalho, todos juntos, toda a sociedade envolvida. Nenhum de nós vai colocar em risco o esforço que foi feito até aqui — custou muito caro para todos nós — e nós vamos manter esse compromisso, com os cidadãos e com as cidadãs de São Paulo", completou.
Respiradores e UTIs
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, também anunciou hoje a distribuição de 111 novos respiradores pelo Estado. Ao todo, 3.097 aparelhos já foram distribuídos em diversas regiões paulistas. Além disso, a região de Franca deve ganhar mais 30 novos leitos de UTI.
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