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Com 1.365 novas mortes em 24 h, Brasil ultrapassa 110 mil óbitos por covid

Homem trabalha em meio às sepulturas do Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus - Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo
Homem trabalha em meio às sepulturas do Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus Imagem: Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

18/08/2020 18h45Atualizada em 18/08/2020 20h27

O Brasil registrou 1.365 novas mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. É o dado diário mais alto desde 4 de agosto, quando foram confirmados mais 1.394 óbitos. Ao todo, o país registra 110.019 mortes decorrentes da covid-19 em cinco meses.

O número de casos acumulados subiu a 3.411.872 desde ontem à noite, com o acréscimo de 48.637 novos infectados pelas secretarias estaduais de Saúde.

Já a média móvel de mortes, que é calculada com base na quantidade de óbitos registrados nos últimos sete dias, aponta 989 mortes por dia no Brasil, resultado considerado estável em 14 dias (-4%).

Conforme o levantamento feito pelo consórcio, Amazonas, Distrito Federal e Minas Gerais foram os únicos estados a apresentar aceleração na média móvel de mortes pela doença na variação de 14 dias. Entre as regiões, todas do país indicaram estabilidade no período: Centro-Oeste (11%), Nordeste (-15%), Norte (-1%), Sudeste (0%) e Sul (-11%).

Veja a oscilação nos estados:

  • Aceleração: AM, DF e MG
  • Estabilidade: BA, DF, ES, GO, MS, PB, PE, PR, RN, RO, RS, SC, SP e TO
  • Queda: AC, AL, AP, CE, MA, MT, PA, PI, RJ, RN, RR e SE

No mundo, apenas os Estados Unidos têm números piores que o Brasil, com mais de 171 mil mortes e quase 5,47 milhões de casos, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins.

Números da Saúde

Pelos números do Ministério da Saúde, foram registradas 1.352 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o maior balanço diário desde 5 de agosto (1.437).

Ao todo, o país tem 109.888 óbitos desde o início da pandemia. Já o número de infectados foi a 3.407.354, com 47.784 novos casos notificados de ontem para hoje.

O número de recuperados, por sua vez, chegou a 2.554.179. O Brasil ainda tem 772.540 pessoas em acompanhamento.

Nova vacina em estudo

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permitiu hoje que a farmacêutica Janssen-Cilag, da Bélgica, faça estudos clínicos do Brasil para o desenvolvimento de uma possível vacina contra covid-19. A empresa faz parte do grupo Johnson & Johnson.

Com a publicação no DOU (Diário Oficial da União), a expectativa é que a empresa inicie a fase 3 de testes em setembro. Os 7 mil voluntários brasileiros serão recrutados nos seguintes estados: Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná. Até o momento, não foram divulgados os resultados das fases 1 e 2.

Em entrevista à Globonews, o gerente de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que a presença de voluntários em diversos estados representará um "esforço logístico maior" para o teste aprovado hoje.

"Geralmente, as pesquisas são centralizadas aqui em São Paulo, em Brasília ou no Rio de Janeiro. É a fase 3, onde um número maior de voluntários é exposto e se busca mesmo avaliar se [a candidata] tem eficácia. Metade dos voluntários vai tomar a vacina, metade vai tomar o placebo; no final, a gente compara os dois grupos para ver se a vacina funcionou", explicou.

Aulas descartadas em São Paulo

Bruno Covas - Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo - Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou hoje que o retorno às aulas de reforço e uso de laboratórios e bibliotecas no município não acontecerá em setembro. A decisão vale para instituições de ensino públicas e particulares da capital.

Apesar da liberação do governo estadual para que algumas atividades possam retornar em setembro, uma vez que a capital preenche o requisito, a administração municipal diz acreditar que uma volta representaria um aumento no número de casos da covid-19 na cidade.

"A retomada das aulas neste momento significaria a ampliação do número de casos, a ampliação em consequência do número de internações e de óbitos na cidade de São Paulo. Razão pelo qual não teremos o retorno em setembro como o estado autorizou, com apenas 35% das salas funcionando. Isso não ocorrerá", disse o prefeito.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.