Nenhum país está preparado para vacina da Pfizer, diz vice-diretor da Opas
A farmacêutica Pfizer anunciou hoje que a vacina contra covid-19, elaborada em parceria com a empresa alemã BioNTech, é segura e tem 95% de eficácia. Essa é a conclusão da terceira fase de testes. Antes, dez dias atrás, as empresas tinham divulgado um resultado parcial, que apontava para 90% de eficácia.
Segundo os dados da Pfizer, a vacina previne as formas mais leves e graves da covid-19. E manteve praticamente mesma taxa de eficácia para idosos, chegando a 94%.
O próximo passo das empresas será pedir uma autorização de emergência para FDA (Food and Drugs Administration), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos. A Pfizer disse que isso será feito "dentro de alguns dias".
Se todas informações da Pfizer forem confirmadas, o desenvolvimento da vacina quebrará todos os recordes de velocidade, pois é um processo que geralmente leva anos.
"Os resultados do estudo marcam um passo importante nessa jornada histórica de oito meses para apresentar uma vacina capaz de ajudar a acabar com essa pandemia devastadora", disse o Dr. Albert Bourla, presidente-executivo da Pfizer, em um comunicado.
Outro passo que precisa ser dado pela Pfizer é a divulgação dos resultados em uma revista científica, para que haja uma análise mais detalhada dos dados. Por enquanto tudo foi relatado apenas um comunicado à imprensa.
Dificuldades
A vacina da Pfizer possui uma característica que cria dificuldades de logística: ela precisa ser armazenada a -70ºC. Isso acontece porque a vacina foi feita com uma nova tecnologia, com moléculas de RNA, enquanto outros imunizantes comuns usam o DNA.
O brasileiro Jarbas Barbosa, vice-diretor da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), disse recentemente que nenhum país do mundo está preparado para uma campanha de vacinação com o imunizante da Pfizer.
A empresa farmacêutica tem dito que enviará a vacina em caixas especiais recheadas com gelo seco e equipadas com sensores habilitados para GPS. Ela poderá ser armazenada em freezers convencionais por até cinco dias ou em refrigeradores especiais por até 15 dias, desde que o gelo seco seja reabastecido e as caixas não sejam abertas mais do que duas vezes ao dia.
E no Brasil?
Alguns países, como Estados Unidos, Inglaterra, Canadá e Japão, já garantiram doses da vacina Pfizer. Mas por enquanto não há um acordo com o Brasil.
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