Prefeitura de SP nega segunda onda, mas abrirá 220 leitos de covid-19
O discurso oficial da Prefeitura de São Paulo é de estabilidade da pandemia do novo coronavírus, mas a rede municipal vai abrir 220 leitos de exclusivos para covid-19. Serão 200 novos leitos de enfermaria nos hospitais de Parelheiros, Brasilândia e Bela Vista. O hospital de Itaquera vai ganhar 20 vagas de UTI.
A decisão ocorre em um momento de alta nos casos e internações na cidade. Pelo boletim de ontem, a rede pública tinha 860 pessoas internadas em enfermarias e a taxa de ocupação da UTI estava em 51%.
A abertura dos leitos foi comentada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) durante evento da sua campanha à reeleição na zona sul. Ele afirmou que a rede privada diminuiu a oferta de leitos para covid-19 de 1,7 mil para 1 mil e que a cidade vai na direção contrária.
"O próprio município vai voltar a ter mais 200 leitos referenciados para não deixar ninguém sem tratamento. Aqui na cidade de São Paulo nós não tivemos e não teremos cenas do médico escolher quem é intubado e quem não é intubado. Aqui nós temos um momento de estabilidade", afirmou Covas.
O discurso de estabilidade é repetido pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Mas ele também tomou medidas para reagir ao crescimento dos casos, incluindo a publicação de um decreto que impede o fechamento de leitos para covid-19 por hospitais públicos, privados e filantrópicos.
O coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus, José Medina, declarou que está monitorando o impacto do aumento na taxa de ocupação dos hospitais. Ele também disse que, se houver um crescimento na curva de contágio da covid-19, ele deverá ser mais rápido do que o registrado em março, no começo da pandemia.
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