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Idosos, indígenas e presos devem ter prioridade na vacinação, prevê Saúde

Do UOL, em São Paulo

01/12/2020 19h12Atualizada em 01/12/2020 21h14

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros, anunciou hoje que a versão preliminar do plano nacional de imunização contra a covid-19 é composta por quatro fases e dá prioridade a profissionais da saúde, idosos, indígenas, professores, forças de segurança e presos, normalmente mais vulneráveis e expostos à doença. Ele também afirmou que a pasta "não descarta nenhuma vacina".

"É extremamente importante avisarmos à população brasileira que o Ministério da Saúde, através do Plano Nacional de Imunizações [PNI], não descarta nenhuma vacina. O que nós queremos é uma vacina que seja registrada na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e que mostre eficácia e segurança", disse Medeiros em vídeo.

A estrutura final desse plano, segundo o secretário, ainda não tem data para ser divulgada e depende das vacinas disponibilizadas. Por ora, as candidatas mais avançadas são as desenvolvidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a Sinovac Life Science, e a da AstraZeneca junto à Universidade de Oxford.

Os trabalhadores da saúde devem ser os primeiros a ser vacinados, seguidos pelos idosos acima de 75 anos ou a partir de 60 anos que vivem em asilos e instituições psiquiátricas. Depois, na terceira fase, vem a população indígena e, na quarta, os professores, as forças de segurança e os presos.

A expectativa é começar a vacinar a população, seguindo a ordem de prioridade, a partir do primeiro trimestre de 2021. Pelas contas do Ministério da Saúde, as quatro fases da campanha abrangem 109,5 milhões de pessoas imunizadas, em duas doses.

Na semana que vem, a pasta deve lançar uma campanha de comunicação sobre a vacina contra a covid-19. Essa campanha, ainda de acordo com o secretário, deverá ter duas fases: a primeira, de esclarecimento, com peças a serem divulgadas na TV e nas redes sociais; a segunda, de incentivo à vacinação.

"O ministério procura salvar vidas", afirmou Medeiros.

Perfil da vacina

Por enquanto, o governo federal não comprou nenhuma vacina, apesar de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já ter assinado uma MP (Medida Provisória) que libera quase R$ 2 bilhões em recursos para o imunizante de AstraZeneca/Oxford.

Mais cedo, em entrevista, Medeiros disse que a vacina ideal deve ser termoestável, podendo ser armazenada em temperaturas de 2°C a 8°C. A ideia, mesmo "sem querer", acaba excluindo as candidatas da Pfizer e da Moderna, que exigem armazenamento a -70ºC, e a -20ºC, respectivamente.

A vacina da Pfizer pode ser aprovada nos Estados Unidos já no próximo dia 10 e, na Europa, em 29 de dezembro. Já a da Moderna pode ser liberada em 17 de dezembro nos EUA e em 12 de janeiro na Europa. As empresas já entraram com pedido de autorização para uso emergencial às autoridades competentes.

(Com Reuters)