Brasil tem 'alguns dias ou semanas' para solicitar vacina, diz Pfizer
Após fechar acordo com vários países, o diretor da área de vacinas da Pfizer, Alejandro Lizarraga, disse que o Brasil tem "alguns dias ou, talvez, semanas" para fazer o pedido da vacina da farmacêutica americana e receber ainda no 1º trimestre de 2021. A declaração ocorreu durante entrevista concedida à CNN Brasil.
"Pelo acordo de confidencialidade eu não posso compartilhar a data , mas é uma questão de dias ou, talvez, de semanas [para o governo brasileiro fazer o pedido]", disse Alejandro.
"A cada dia o número de doses disponíveis para locação entre os países diminui consideravelmente. O dia e a proposta que temos com o Ministério da Saúde [do Brasil] para o fornecimento de doses começando no 1º trimestre de 2021 vai até o último trimestre de 2021", acrescentou.
Ao todo, a farmacêutica diz que irá disponibilizar 1,3 bilhão de doses de sua vacina para vários países, mas não revela a quantidade que seria disponibilizada ao Brasil, se o acordo for fechado. Diz apenas que "são vários milhões de doses".
Ontem, o Ministério da Saúde informou que as vacinas contra uma covid-19 que não estão incluídas no Plano Nacional de Imunização devem "fundamentalmente" poder serem armazenadas em temperaturas de 2º C a 8º C.
O anúncio, na prática, significa que dificilmente uma vacina desenvolvida Pela americana Pfizer será aplicada no Brasil, já que exige condições especiais de armazenamento, com temperaturas de -70º C .
Na entrevista à CNN Brasil, o diretor de vacinas da Pfizer afirmou que isso não deveria ser um impedimento, já que a farmacêutica desenvolveu uma tecnologia inovadora". Segundo ele, seriam "caixas capazes de armazenar as vacinas a menos -70 C por 15 dias e com reposição de gelo seco".
"Ao final do processo, nos últimos cinco dias, ela pode ser mantida numa geladeira normal viabilizando a vacinação diretamente nos pontos de vacinação ou nos locais escolhido pelo Ministério da Saúde", ressaltou.
Início de processo junto à Anvisa
A Pfizer deu início hoje ao processo de submissão contínua para o registro de sua vacina contra covid-19, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no fim de novembro.
A submissão contínua ocorre quando os resultados das fases dos testes clínicos vão sendo apresentados a medida que ficam prontos e não somente ao final da pesquisa. A prática acelera a análise dos dados por parte das agências.
"Esse é um importante passo para que o imunizante esteja disponível no Brasil. A Pfizer disponibilizará todos os dados necessários para avaliação e estará em total colaboração com a Anvisa para que esse processo transcorra da melhor maneira e o mais rapidamente possível", disse Márjori Dulcine, diretora
médica da Pfizer Brasil.
Segundo a Pfizer, representantes da farmacêutica realizaram uma reunião com a agência, etapa inicial do processo de submissão, conforme instrução normativa 77/2020.
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