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Covid-19: Confira calendário da vacinação divulgado pelo governo de SP

Allan Brito, Lucas Borges Teixeira e Rafael Bragança

Do UOL, em São Paulo

07/12/2020 13h51Atualizada em 07/12/2020 19h44

O governo de São Paulo apresentou hoje o PEI (Plano Estadual de Imunização) contra a covid-19, que tem início agendado para 25 de janeiro. Segundo o programa, a vacinação começa por profissionais da saúde, quilombolas e indígenas. A partir de 8 de fevereiro, é a vez dos idosos, que serão divididos em quatro faixas etárias, completando assim o grupo prioritário da vacina.

A vacinação será realizada com a CoronaVac, vacina desenvolvida e testada pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo federal. O imunizante, porém, ainda precisa ter o registro aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser distribuído e aplicado — a expectativa do governo paulista é que isso ocorra em meados de janeiro.

O governo paulista recebeu até agora 120 mil doses prontas da vacina chinesa e mais o suficiente em insumos para envasar 1 milhão de doses pelo Butantan.

A primeira fase da vacinação dura pouco mais de dois meses, de 25 de janeiro até 28 de março. A expectativa é aplicar 18 milhões de doses —quantidade suficiente para imunizar 9 milhões de pessoas.

Sobre a verba para a compra das vacinas e para a campanha de imunização, o governo informou apenas que os recursos sairão do "Tesouro do estado", sem detalhes.

"A Secretaria de Saúde do estado, em parceria com municípios, vai ampliar de 5,2 mil para 10 mil postos de vacinação. Vamos quase que dobrar no programa de imunização. Para isso serão implantadas estratégias especiais de vacinação, incluindo farmácias, quartéis, escolas, terminais de ônibus e sistema especial de vacinação em forma de drive thru", disse o governador João Doria (PSDB).

De acordo com o plano apresentado hoje, o horário de vacinação será:

  • De segunda a sexta-feira: das 7h às 22h
  • Sábados, domingos e feriados: das 7h às 17h

A previsão é que 54 mil agentes de saúde e outros 25 mil de segurança trabalhem na campanha de vacinação.

Para atender todo o estado, o governo conta com o funcionamento de 25 postos estratégicos de armazenamento da vacina, 30 caminhões refrigerados e 5.200 câmaras de refrigeração. Novamente sem dar detalhes, a administração estadual informou que o custo da logística deve ser em torno de R$ 100 milhões, sem contar os insumos.

Dados de eficácia ainda serão enviados à Anvisa

Quatro vacinas estão em teste no Brasil. Nenhuma delas foi aprovada e registrada pela Anvisa.

A CoronaVac atingiu o número mínimo de infectados pelo novo coronavírus em seu estudo de fase 3 no Brasil há duas semanas, o que permite iniciar a análise dos dados que visam comprovar a sua eficácia.

O Butantan espera enviar esses dados à Anvisa até a próxima semana, para que a agência federal inicie a avaliação e possa conceder uma autorização emergencial até meados de janeiro.

O diretor da agência regulatória, Antônio Barra Torres, no entanto, prevê um prazo maior. "Antes de verificarmos estes protocolos de registro, precisamos acessar os documentos dos estudos clínicos referentes à fase 3 dos testes. No entanto, estes estudos ainda não se encerraram. Para efetuarmos o registro de vacina contra o coronavírus, demandamos no mínimo 60 dias para analisarmos os documentos", disse Barra Torres, horas depois do anúncio do governo paulista, durante entrevista à rádio Jovem Pan.

Oficialmente, a Anvisa divulgou nota afirmando que faltam etapas para liberar a CoronaVac.