Com 848 óbitos por covid, Brasil tem maior registro em 24 h desde 12/11
O Brasil registrou hoje 848 novos óbitos causados pela covid-19, o maior registro em 24 horas desde 12 de novembro. Além disso, 21 estados mais o Distrito Federal apresentaram tendência de aceleração na média de mortes, o maior número desde o início do cálculo pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Foram em média 643 óbitos nos últimos 7 dias, uma variação de 34% na comparação com 14 dias atrás. Há seis dias em alta, o país se aproxima de voltar a registrar 700 mortes em média por semana, algo que não ocorria desde setembro. Essa tendência de aceleração tem sido observada desde a segunda quinzena de novembro.
Ao todo, o país já registra 179.032 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Houve 54.203 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, o total de casos da doença subiu para 6.730.118.
Por sua vez, o Ministério da Saúde registrou 836 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, o que eleva a contagem de óbitos do governo federal para 178.995 desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, foram 53.453 novos diagnósticos confirmados em todo o país, e 6.728.452 no total desde o início da pandemia.
Ainda segundo o governo federal, 5.901.511 pessoas se recuperaram da doença, com outras 647.946 em acompanhamento.
21 estados e DF em alta na média móvel
Ao todo, 21 estados e o Distrito Federal seguem com tendência de aceleração na média móvel de mortes, ao passo que apenas dois registraram queda. três estados se mantiveram estáveis. Esse é o maior número de estados em alta desde julho.
Entre as regiões, apenas o Norte teve estabilidade (-5%). As demais apresentaram aceleração: Centro-Oeste (40%), Nordeste (32%), Sudeste (28%) e Sul (59%).
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (30%)
- Minas Gerais: aceleração (20%)
- Rio de Janeiro: estável (13%)
- São Paulo: aceleração (44%)
Região Norte
- Acre: aceleração (25%)
- Amazonas: queda (-48%)
- Amapá: aceleração (41%)
- Pará: estável (5%)
- Rondônia: aceleração (73%)
- Roraima: aceleração (150%)
- Tocantins: aceleração (122%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-10%)
- Bahia: aceleração (27%)
- Ceará: aceleração (33%)
- Maranhão: queda (-21%)
- Paraíba: aceleração (70%)
- Pernambuco: aceleração (22%)
- Piauí: aceleração (35%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (267%)
- Sergipe: aceleração (36%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (33%)
- Goiás: aceleração (26%)
- Mato Grosso: aceleração (42%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (79%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (69%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (50%)
- Santa Catarina: aceleração (62%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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