'Essa é a pergunta do milhão', diz Pazuello sobre qual vacina será aplicada
O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, fez uma brincadeira hoje ao ser perguntado com qual vacina o governo federal pretende iniciar o programa nacional de imunização contra a covid-19. Ainda sem nenhum imunizante tendo submetido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o resultado dos testes clínicos que podem garantir o registro definitivo, o plano segue indefinido.
"Essa é a pergunta do milhão", disse Pazuello em entrevista à CNN Brasil.
A referência do ministro é ao programa televisivo "Quem Quer Ser Um Milionário", hoje exibido pela TV Globo no Brasil. No início dos anos 2000, o SBT também exibiu o "Show do Milhão" com formato semelhante, em que um jogo de perguntas e respostas tem a questão mais importante valendo R$ 1 milhão.
"Estamos fazendo tudo que pode ser feito para acelerar o processo. E esse trabalho envolve a prospecção do que está acontecendo. O que temos de verdade hoje? Não temos vacina registrada no mundo, não é que não temos no Brasil, é no mundo", acrescentou o ministro.
Pazuello lembrou assim que países como o Reino Unido, que iniciou sua vacinação ontem, tiveram por enquanto apenas uma autorização de uso emergencial de um imunizante contra a covid-19. No caso dos britânicos, a vacina que está sendo aplicada é a da Pfizer/Biontech.
"Precisamos que as produtoras concluam a fase três [dos estudos clínicos] e entrem com esses processo de registro nos órgãos regulares, no caso do Brasil a Anvisa, ou dos órgãos regulares internacionais. Isso faz com que possamos ter autorização de uso", explicou o ministro.
Corrida da vacina
No Brasil, até poucos dias o governo federal apostava todas as suas fichas na vacina de Oxford, que terá investimento de quase R$ 2 bilhões. O imunizante é desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e será produzido no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma instituição federal.
Nesta semana, porém, o ministério da Saúde sinalizou que tenta um acordo com a Pfizer para receber as primeiras doses do imunizante ainda em dezembro ou janeiro. Para a aplicação, entretanto, a vacina precisa de uma autorização emergencial da Anvisa, o que não foi solicitado por nenhum imunizante até agora.
Enquanto isso, a CoronaVac segue correndo por fora para ainda integrar o PNI (Programa Nacional de Imunização). A vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac e virou a grande bandeira do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já que o Butantan é ligado à administração paulista.
Anteontem, Doria anunciou um programa estadual de vacinação com a CoronaVac, com início marcado para 25 de janeiro. Até lá, o governo paulista espera receber a aprovação de registro da Anvisa, mas também não descarta pedir uma autorização de uso emergencial.
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