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Gabbardo pede ação da Anvisa em aeroportos sobre nova cepa do coronavírus

João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo - Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo Imagem: Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

21/12/2020 14h12

João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da covid-19 em São Paulo, mostrou preocupação com a nova variante do coronavírus, descoberta nos últimos dias no Reino Unido.

O médico citou países que paralisaram voos oriundos da nação europeia e afirmou que espera alguma determinação da Anvisa sobre estes procedimentos, citando o aeroporto de Guarulhos como exemplo.

"É claro que preocupa muito o aparecimento dessa variante que está ocorrendo no Reino Unido. Vários países já estão com o programa de redução impossibilitando voos que saem do Reino Unido para diversos países. Essa preocupação em relação ao aeroporto de Guarulhos é extremamente importante pelo volume de pessoas que desembarcam lá, mas essa é uma atribuição da Anvisa, que é responsável pelo controle dos portos e aeroportos do Brasil", iniciou.

"Então a gente espera que a Anvisa possa estar analisando essa situação e possa, de alguma maneira, estabelecer alguma orientação a ser cumprida. O ministério da Saúde publicou recentemente uma portaria exigindo que pessoas que embarquem para o Brasil devam fazer um teste antes da viagem, para comprovar que não estão com o vírus. Se isso for cumprido rigorosamente, diminui bastante a possibilidade de nós termos pessoas vindo para cá. Insisto que isso é uma preocupação que a Anvisa deve ter", explicou Gabbardo.

Imunidade contra a cepa?

Ao falar sobre a gravidade da nova variante do coronavírus, o médico citou que não é possível determinar, até o momento, se as vacinas que estão sendo produzidas possuem a defesa necessária contra a cepa.

"O que se sabe até o momento é que essa variante tem uma possibilidade de transmissibilidade maior do que nós estávamos enfrentando, mas não existe nenhum indicativo de que os casos possam ser mais graves que o do novo coronavírus. Também não existe nenhum indício de que as vacinas que estão sendo produzidas não possam nos assegurar defesa, imunidade contra essa variante."