Brasil tem 1.266 mortos por covid em 24 h, maior marca desde 18 de agosto
Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil registrou mais de mil novas mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. Foram 1.266 óbitos contabilizados de ontem para hoje, maior número desde 18 de agosto, quando houve 1.365. O total de mortes desde o começo da pandemia chegou a 199.043. Os dados são do consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte.
Segundo levantamento do consórcio, foram registradas na terça-feira (5) 1.186 novas mortes por covid-19 em um intervalo de 24 horas. Antes, as últimas vezes nas quais houve mais de mil novas mortes no mesmo período de tempo foram em 29, 30 e 31 de dezembro - com, respectivamente, 1.075, 1.224 e 1.036 novos óbitos.
Foram 729 óbitos em média nos últimos sete dias, o que representa uma estabilidade de -1% na comparação com 14 dias atrás. Hoje o país completa duas semanas com estabilidade, embora a média móvel nacional esteja crescendo. O número de hoje é o maior desde a véspera de Natal.
Vale ressaltar, no entanto, que os registros de mortes nos fins de semana e feriados tendem a ficar represados devido à redução das equipes nas secretarias de saúde. Com isso, os dados são inseridos nos dias subsequentes, especialmente terças e quartas-feiras.
Houve 62.532 diagnósticos positivos para o novo coronavírus nas últimas 24 horas em todo o país, elevando o total de infectados para 7.874.539 desde o início da pandemia.
Dados da Saúde
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde divulgou que houve o cadastro de 1.242 novos óbitos causados pela doença de ontem para hoje - maior número desde 25 de agosto (1;271). O total de mortes desde o início da pandemia chegou a 198.974.
Na terça-feira (5), pelos dados do Ministério, foram confirmadas 1.171 novas mortes por covid-19 entre um dia e outro. Antes, as últimas vezes nas quais houve registro de mais de mil novas mortes pela doença em um intervalo de 24 horas foram em 29, 30 e 31 de dezembro, com 1.111, 1.194 e 1.074 novos óbitos, respectivamente.
De ontem para hoje, foram registrados 63.430 testes positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, o número de infectados subiu para 7.873.830.
Segundo a pasta, 7.036.530 pessoas se recuperaram da doença, com outras 638.326 em acompanhamento.
Oito estados e DF em alta
Entre os estados, oito e o Distrito Federal registram aceleração na variação de 14 dias, enquanto outros cinco apresentam queda. Treze se mantêm em estabilidade.
Já na regiões, apenas o Norte apresentou aceleração com 62%. As demais apresentaram estabilidade: Centro-Oeste (1%), Nordeste (-2%), Sudeste (-2%) e Sul (-14%).
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-18%)
- Minas Gerais: queda (-21%)
- Rio de Janeiro: aceleração (-23%)
- São Paulo: estável (-4%)
Região Norte
- Acre: estável (-9%)
- Amazonas: aceleração (137%)
- Amapá: estável (-6%)
- Pará: estável (14%)
- Rondônia: aceleração (37%)
- Roraima: aceleração (200%)
- Tocantins: aceleração (73%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (2%)
- Bahia: estável (0%)
- Ceará: aceleração (38%)
- Maranhão: estável (-2%)
- Paraíba: aceleração (27%)
- Pernambuco: queda (-39%)
- Piauí: estável (15%)
- Rio Grande do Norte: estável (-6%)
- Sergipe: aceleração (19%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (23%)
- Goiás: estável (3%)
- Mato Grosso: estável (-5%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-5%)
Região Sul
- Paraná: queda (-19%)
- Rio Grande do Sul: estável (-6%)
- Santa Catarina: queda (-19%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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